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Museu Solar Monjardim será gerenciado por nova agência do governo

Museu Solar Monjardim será gerenciado por nova agência do governo

Governo federal criou órgão que administrará 27 museus hoje sob os cuidados do Ibram

Publicado em 12 de setembro de 2018 às 00:24

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Museu Solar Monjardim, em Jucutuquara, ficará sob a gerência da ABRAM. (Carlos Alberto Silva)

Na esteira dos esforços para reconstruir o Museu Nacional, destruído por um incêndio no dia 2 de setembro, o presidente Michel Temer assinou na última segunda-feira, 10, duas medidas provisórias que criam a Agência Brasileira de Museus (Abram) e a legislação para a instituição de fundos patrimoniais.

A Abram, que substituirá o atual Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), terá um orçamento inicial de R$ 200 milhões e gerenciará os 27 museus que hoje estão sob os cuidados do Ibram, incluindo o Museu Solar Monjardim, localizado em Jucutuquara, Vitória.

A agência ainda será responsável por coordenar a reconstrução do Museu Nacional, que, de acordo com o governo, continua vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tanto o museu quanto a Abram ainda definirão os termos da cooperação posteriormente.

Segundo o diretor do Solar Monjardim, Evaldo Pereira Portela, a presidência do Ibram orientou que as direções aguardassem a publicação das medidas provisórias antes de se posicionarem.

“Por enquanto ainda não muda nada, nossas atividades estão normais, precisamos aguardar. A mudança implica em questões técnicas e até mesmo pessoais, e ainda está muito recente. Por isso, qualquer coisa que eu disser por enquanto vai se tornar apenas especulação”, ressaltou Portela.

INVESTIMENTO

 

De acordo com o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, o valor corresponde a mais que o dobro do que o Ibram recebe atualmente, e será remanejado do Sebrae, representando 6% do orçamento da empresa.

A nova entidade terá status de serviço social autônomo e autonomia orçamentária. Além dos recursos iniciais, a agência também poderá ter outras fontes próprias como a administração da renda gerada pelos museus que estarão sobre o seu domínio, a gestão de fundos patrimoniais e o recebimento de recursos da Lei Rouanet. “Essa medida, além de ter modelo de sustentabilidade mais evoluído, também amplia recursos.”

Sá Leitão afirmou ainda que haverá metas e indicadores de desempenho pelos quais a performance das instituições e da própria Abram poderão ser avaliadas. A instituição também terá políticas de compliance e regras anticorrupção. A presidência da agência ainda não foi definida e o seu conselho administrativo será formado pelo ministro da Cultura, por três integrantes do Poder Executivo e três da sociedade civil.

“Não teremos com esse desenho aumento de despesa para o poder público. Ao contrário, teremos redução no médio e longo prazo ao mesmo tempo que teremos aumento nos recursos”, declarou Sá Leitão.

O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, divulgou uma nota em que afirma que o Sebrae não foi consultado e que irá acionar a Justiça contra a MP.

RECONSTRUÇÃO

 

Sá Leitão destacou que a ação vai ser realizada em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), responsável pelo museu. Ela manterá os projetos de ensino, pesquisa e extensão, mas os recursos destinados para a reconstrução do local serão administrados pela nova agência.

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(Com informações de Mariana Perim)

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