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Rotina dos relacionamentos gera a graça e reflexões em 'Forever'

Rotina dos relacionamentos gera a graça e reflexões em "Forever"

Cheia de surpresas e com trama não convencional, série tem assinatura de produtores de "Parks and Recreations" e "Master of None", mas faz rir com situações menos absurdas

Publicado em 20 de setembro de 2018 às 13:47

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Série Forever. (Divulgação/Amazon)

Antes da estreia de “Forever” no Prime Video, tanto a Amazon (dona do serviço de streaming) quanto os criadores da série, Alan Yang e Matt Hubbard, colocaram diversas restrições sobre o que poderia ou não ser falado sobre a trama da série nas críticas. A ideia era impossibilitar que textos estragassem a experiência do espectador com a série, que está disponível desde a última sexta-feira – mas pode ficar tranquilo que este texto tampouco irá estragar qualquer uma das surpresas.

A história acompanha o casal June (Maya Rudolph) e Oscar (Fred Armisen), cuja história ficamos conhecendo logo nos minutos iniciais do primeiro episódio – do primeiro encontro à rotina, passando por brigas, primeiras vezes... enfim, um relacionamento normal.

Às vésperas de um feriado, June sugere algo novo: talvez, ao invés de irem para a casa do lago, como fazem anualmente há mais de uma década, por que não ir esquiar? Os dois partem, então, para a estação de esqui, um cenário bem diferente ao que estão acostumados, com muito frio e as dificuldades de aprender/praticar ski. E aí tudo começa a se transformar.

HUMOR

 

“Forever” tem assinatura de produtores das ótimas “Parks and Recreations” e “Master of None”, mas faz rir com situações menos absurdas. A graça da série está no cotidiano, e o riso, às vezes, é quase de nervoso, uma vez que o espectador se identifica com o que vê em tela e sabe que aquilo realmente pode acontecer em qualquer relacionamento.

Vale destacar o brilho da atuação contida de Maya Rudolph, que segura as caretas e constrói uma June com diversas camadas, quase todas melancólicas, mas ainda capaz de brincar com isso.

Fred Armisen, por sua vez, irrita, mas é bem provável que essa característica tenha sido intencionalmente inserida em seu personagem. A chatice de Oscar é por vezes o que move a série e o que faz o público se colocar ao lado de June (não que existam lados a serem escolhidos).

Além dos dois, a série ainda traz bons personagens coadjuvantes como Kase (Catherine Keener), que aparece após algumas reviravoltas.

“Forever” é um imperdível olhar sobre o amor e os relacionamentos, alguma coisa parecida com uma possível comédia romântica escrita por Douglas Adams. Ao fim dos oito episódios, não é fácil entender aonde a série quer chegar, mas Maya Rudolph e o inteligente texto criam uma realidade dura e por vezes constrangedora, mas sempre engraçada.

DIVERTIDAMENTE SÉRIAS

Kidding

 

Showtime

 

Tal qual “Forever”, “Kidding”, nova série de Jim Carrey, faz rir, mas se destaca mesmo é pelo drama. Dirigida por Michel Gondry (“Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças”), a série acompanha o drama de Jeff, o Mr. Picles, um ícone da televisão para crianças, tentando se recuperar após problemas familiares. Jim Carrey mistura melancolia e depressão sob uma carcaça de alegria. A série ainda não tem data de lançamento no Brasil.

(Divulgação/Showtime)

Bojack Horseman

 

Netflix

 

A vida de Bojack Horseman não é mais novidade para ninguém. Mesmo assim, a série consegue renovar seu arsenal de piadas duras para acompanhar a jornada de sexo, drogas e decadência de um ex-astro de Hollywood.

(Divulgação/Netflix)

Rick & Morty

 

Netflix / Comedy Central

 

Tudo bem que a princípio “Rick & Morty” não parece nada séria, mas acredite: com o tempo, tudo se transforma. Vale insistir.

(Divulgação/Netflix/Comedy Central)

Californication

 

Netflix

 

A atrativa vida de Hank Moody e suas aventuras com sexo, drogas e Hollywood esconde a realidade de um sujeito que não consegue lidar com o fato de que a família seguiu sem ele.

(Divulgação/Netflix)

The Big C

 

Showtime

 

Laura Linney vive uma enfermeira que descobre um câncer terminal e resolve que é hora de aproveitar a vida. Diverte, mas tem cenário pronto para o desastre.

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(Ken Regan/SHOWTIME)

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