A primeira temporada de Demolidor foi a pedra fundamental da parceria Marvel/Netflix. Após tempos acompanhando as cores e o humor do Universo Cinematográfico Marvel nos cinemas, assistir a algo mais sombrio, violento e sério era quase um alívio. A parceria rendeu bons frutos além do vigilante cego, como O Justiceiro e a primeira temporada de Jessica Jones, mas também deu uma desandada com Luke Cage e Punho de Ferro (que não à toa foi cancelada). Com os primeiros problemas claros, é hora de (tentar) colocar as coisas de volta nos trilhos e nada melhor para isso do que uma volta às origens. Sim, o Demônio da Cozinha do Inferno está de volta.
A terceira temporada de Demolidor estreia na próxima sexta-feira, 19, com 13 episódios, e nós já conferimos os seis primeiros. A trama tem início logo após o fim de Defensores, quando as coisas não terminaram muito bem para Matt Murdock (Charlie Cox), o Demolidor. Ao mesmo tempo em que ele tenta se recuperar fisicamente, um velho conhecido, Wilson Fisk (Vincent DOnofrio), o Rei do Crime, está de volta às ruas após um acordo com o FBI.
INSPIRAÇÃO
O terceiro ano da série é livremente inspirado no clássico arco A Queda de Murdock, escrito por Frank Miller e desenhado por David Mazzucchelli nos anos 1980, mas a palavra livremente é bem importante aqui.
Como as temporadas anteriores já demonstravam, a trama do Demolidor na telinha não iria transformar Karen Page (Deborah Ann Woll) na responsável pela tal queda. É Fisk que, a seu modo, descobre a verdade sobre o herói, que está disposto a se sacrificar para manter a já citada Page e Foggy Nelson (Elden Henson) em
segurança.
Sacrifício, inclusive, é um dos temas que define o personagem; Matt sempre sacrificou sua vida pessoal e agora está disposto a tudo para tirar Fisk novamente das ruas. O problema é que o Rei do Crime não está sozinho...
Durante boa parte dos seis episódios a que assistimos, um dos vilões é mantido praticamente em segredo. Os fãs logo identificam se tratar da versão para as telas do Mercenário, um dos mais clássicos inimigos do Demolidor, mas a sua construção, feita com calma, com um episódio dedicado praticamente a isso, funciona muito bem. Uma pena que o trailer da temporada já entrega boa parte das surpresas logo de cara.
A quase meia temporada a que tivemos acesso também escancara o fato de Charlie Cox ser ótimo ator, se entregando fisicamente ao personagem. Além disso, os coreógrafos são muito melhores do que os de Punho de Ferro, o que significa que temos sequências de ação empolgantes e dignas do herói uma delas merece destaque absoluto (é fácil identificar quando ela começa).
Em contrapartida fica mais uma vez a sensação de que as séries Marvel/Netflix têm episódios demais não assistimos a tudo, mas uma temporada com 10 episódios ao invés de 13 ajudaria em muito a dinâmica dos episódios.
Enfim, é ótimo ter Wilson Fisk de volta e é ótimo ter novamente uma boa temporada de personagem da Marvel na Netflix. Demolidor tem seus problemas, mas mostra que ele é de longe o que há de melhor nessa parceria.
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