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'Nunca foi difícil falar de sexo na TV', diz Fernanda Lima

"Nunca foi difícil falar de sexo na TV", diz Fernanda Lima

Apresentadora estreia a nova temporada de "Amor & Sexo", nesta terça-feira (9)

Publicado em 8 de outubro de 2018 às 22:47

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Fernanda Lima retorna com uma nova temporada de "Amor ENTITY_amp_ENTITYSexo". (Globo / Raquel Cunha)

Juventude, empatia e um pouco de sarração. O primeiro programa da nova temporada de ‘Amor & Sexo’, que estreia nesta terça-feira (9), coloca a juventude no centro da discussão e recebe Bruna Linzmeyer, George Sauma e jornalista e a vlogueira Jout Jout. Além da participação especial da mal-humorada mais querida da atração, Dona Dulce.

Para Fernanda Lima, os jovens têm urgência. "Nesse mundo jovem, a liberdade, a representatividade e a igualdade são palavras de ordem. Eles querem – e a gente também – um mundo onde o afeto, o acolhimento e a colaboração sejam o lema dessa nova bandeira, e o respeito seja hino. O ‘Amor e Sexo’ acredita nisso. Queremos respeito. E queremos respeito pra todo mundo", resume a apresentadora, que terá  o acompanhamento de Mariana Santos, José Loreto, Eduardo Sterblitch, Dudu Bertholini e Regina Navarro Lins na bancada.

Mariana Santos, Dudu Bertholini, Jose Loreto, Jout Jout, Bruna Linzmeyer, Regina Navarro Lins e Eduardo Sterblitch são os convidados da nova temporada de "Amor ENTITY_amp_ENTITYSexo". (Globo/Raquel Cunha)

Para falar de respeito, pondera o convidado George Sauma, é preciso que cada um esteja atento a pequenas mudanças no dia a dia. "É difícil ser um homem em desconstrução. Eu tenho trabalhado a escuta. O que a gente tem que fazer é ouvir, ouvir e ouvir. Não é fácil, mas a gente chega lá juntos", disse.

"Que a gente possa ser livres juntos. O que me liberta é a liberdade de todos nós", define Bruna Linzmeyer.

No palco, muita música, poesia e humor, com direito a Mariana Santos se divertindo numa improvisação com a linguagem erótica dos emojis e Eduardo Sterblitch se jogando no túnel da sarração com anônimos.

Já na primeira exibição da nova temporada, Fernanda Lima mostra mais uma vez que jogar nas onze dá ótimos resultados. Em entrevista abaixo, dá para perceber que a apresentadora, que também escreve roteiro, canta, dança, media e emociona, encara com empatia, gentileza e respeito a missão de falar sobre temas que não podem mais ficar guardados no armário ou debaixo do tapete. Reunindo questões relevantes, dinâmicas divertidas no palco, e música, ela fala da chegada de novos integrantes da atração e o que mudou na forma de falar sobre sexo na TV, quase dez anos após a estreia.

Entrevista Fernanda Lima

O que você destacaria nessa temporada?

Fernanda Lima. (Globo/Ney Coelho)

Destacaria um reencontro do que o público já conhece e essa harmonia muito forte que todo mundo tem junto. Tem também a chegada da Milly Lacombe e da Djamila Ribeiro, mais a participação de Tulio Custodio e outras pessoas tão importantes que estiveram com a gente. Mas o maior destaque é que o debate se tornou mais rico, toma mais tempo do programa e dá a chance de os assuntos se assentarem para poder ter vários pontos de vista. Isso é muito importante e aconteceu melhor nessa temporada. Destaque também para os momentos divertidos do nosso elenco, por quem eu sou apaixonada. Destaco ainda os assuntos que a gente escolheu como pauta dessa temporada, levando em conta que a gente está vivendo uma situação totalmente polarizada e que, ao final dos programas, chega à conclusão que, de alguma maneira, todos queremos as mesmas coisas: direitos, mais honestidade e respeito.

O que mais te emocionou e desafiou nessa temporada?

O que mais me desafiou foi achar o tom da temporada para que a gente consiga, com as nossas ideias e propostas de show, fazer com que todo mundo queira assistir, independentemente de suas posições políticas. É um programa muito agregador nesse sentido e isso me emociona. Quando a gente traz algo que toca a todos, a gente não precisa separar ninguém, pois falamos com todo mundo. Eu me emocionei muito com a visita do Marcelo Yuka, por exemplo. No discurso final, tive que segurar a onda para falar tudo com muita emoção, mas sem cair no choro.

Já são quase 10 anos no ar. O que mudou na forma de falar sobre sexo na TV?

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Desde que eu comecei, há quase 10 anos, nunca foi difícil falar de sexo na TV. Mas eu tive que achar o meu próprio tom para falar sobre esse assunto, que também não era um assunto óbvio para mim, muito menos de ser falado na TV. O que mudou é que eu me sinto ainda mais à vontade para falar sobre qualquer assunto. Tanto sobre temas de sexualidade, como temas comportamentais, todos estão absolutamente ligados. Então, cada vez está ficando melhor de falar de sexo na TV e, na minha opinião, cada vez mais importante. É um assunto que não poderia nunca sair da televisão. Vejo em outros países, quando eu vou visitar amigos, e eles perguntam se não tem nenhum outro programa de sexo na TV. Aí percebo que sou uma privilegiada de poder falar de sexo na TV, e as pessoas que podem assistir também e tem acesso. Quanta gente não tem nem um amigo ou alguém da família para trocar uma ideia e poder esclarecer questões?

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