Ô, sol / Vê se não esquece e me ilumina / Preciso de você aqui, é assim que começa a letra do hit composto e interpretado por Vitor Kley. O gaúcho de Porto Alegre com 24 anos recém-completados, é autor de O Sol, sucesso que tem embalado as rádios nacionais durante o ano, chegando ao primeiro lugar nas paradas, e que agora é tema da novela das seis da TV Globo, Espelho da Vida. Agora Vitor lança novo álbum, o terceiro de sua carreira. Adrenalizou, com produção de Rick Bonadio, 14 músicas, cinco inéditas.
O estrelato é recente para o músico, que conta com pelo menos uma década de caminhada. Vitor começou a compor com 10 anos de idade e o primeiro disco (Eclipse Solar, 2009) saiu quando ele tinha 13. Ele se apresentava em bares quando se encontrou com o regueiro Armandinho, que passou a levar Vitor para seus shows.
Gravei com ele (Armandinho) o meu segundo disco (Luz a Brilhar, de 2012) e foi um grande aprendizado. Fiquei três ou quatro anos com ele, viajando. Foi muito massa poder vê-lo no palco, é um cara incrível de quem eu sempre fui muito fã. E cara... dali pra frente muita coisa começou a acontecer graças a ele. Se hoje eu tô aqui, morando em São Paulo e tá O Sol brilhando pra tudo quanto é lado, com certeza ele tem muita parte nisso, conta Vitor.
MUDANÇAS
O Sol foi composta em 2016 e já era sucesso no fim do ano passado. Famosos como Neymar, Luciano Huck e Cauã Reymond fizeram posts relacionados com a música em suas redes sociais. Vitor considera que a canção mudou a sua vida: Vai ser aquela música que eu vou ser bem velhinho e vou continuar tocando e cantando ela nos shows, conta.
Ele classifica como uma felicidade imensa ter a canção na novela. Eu acho que faltava só isso pra coroar essa música. Porque ela me levou para o Faustão, Caldeirão, Altas Horas, lá na Fátima..., diz. Ao contrário do que alguns acreditam, a letra não faz metáfora relacionando o astro-rei a uma mulher. A composição saiu depois de uma manhã de surfe na praia.
Eu comecei a tocar o violão, aquela parte da entrada. E aí quando fiz aquilo (falei): Caraca, isso aqui é muito bom. Eu comecei a escrever mesmo uma carta pro Sol, falando as coisas que eu queria, que eu imaginava dele, que eu sentia por ele, revela.
O novo disco conta com outras canções em que ficam nítidas a assinatura do artista: voz, violão e levadas pop. A faixa-título, Adrenalizou, é uma das favoritas de Vitor. É uma música que é uma doideira, junta montanha-russa, paraquedas, bungee jump, Olho de Thundera, asa-delta, um monte de palavras malucas. É uma das músicas que eu mais curto, explica.
Morena, produzida pelo DJ paulista Bruno Martini (filho de Gino Martini, do grupo italiano de eurodance Double You) é sobre o relacionamento entre um rapaz da zona oeste e uma menina da zona sul. O disco conta ainda com faixas como Marambaia, uma antiga composição, Farol, em que o músico homenageia o pai, e Bem Te Vi, parceria com Kell Smith.
Conta dos nossos universos, a menina da cidade, de São Paulo e o moleque que veio da praia, que sou eu. E acontece o amor, um carinho improvável. É muito sobre a nossa amizade. O refrão dela é simples e acredito que muita gente vai se identificar com ele. E aí eu mal te vi / Bem fiquei, por isso carrega Bem Te Vi, afirma Vitor.
Com a agenda mais atribulada, o músico não consegue mais dedicar tanto tempo a outra paixão, o surfe: Me faz muito bem, ativa muito o meu lado da composição também. Ele também revela o desejo de se apresentar em Vitória: Tenho uma das fãs mais antigas aí, quero muito poder estar perto dela e perto de todo mundo que curte o som.
Fruto de muito esforço e trabalho, o reconhecimento nacional é bem-vindo para Vitor. Me sinto muito feliz de nesse momento sentir as coisas acontecendo, preparado pra passar uma mensagem boa pros meus fãs, subir no palco seguro. É muito massa ver que os sonhos se realizam, avalia.
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