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Escritor Pedro de Luna lança biografia sobre Planet Hemp em Vitória

Escritor Pedro de Luna lança biografia sobre Planet Hemp em Vitória

"Planet Hemp: Mantenha o Respeito" traz história dos 25 anos de carreira da banda liderada por Marcelo D2

Publicado em 18 de dezembro de 2018 às 23:43

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Entre idas, vindas e trocas de integrantes, o Planet Hemp voltou à ativa com BNegão, Marcelo D2, Nobru Pederneiras, Pedro Garcia e Formigão . (Planet hemp/Divulgação)

Em julho de 1996, dois shows da banda Planet Hemp no Espírito Santo foram cancelados por ordem da justiça. O promotor do evento e um candidato a vereador foram presos na frente do ginásio onde a banda iria se apresentar. Essa é apenas uma das várias histórias da banda que estão na biografia “Planet Hemp: mantenha o respeito”, que será lançada nesta quarta-feira (19) em Vitória.

Os 25 anos de carreira do grupo são revividos pelo escritor, jornalista, quadrinista e gestor cultural carioca Pedro de Luna. Ele reuniu depoimentos da banda, ex-integrantes, fãs, imprensa, além de remexer no seu próprio acervo. Entre as entrevistas, o depoimento do produtor Carlos Eduardo Miranda, que faleceu este ano.

“Os integrantes do Planet Hemp já são meus amigos há muito tempo. Em 2011 escrevi o livro ‘Niterói Rock Underground (1990-2010)’ e percebi que tinha muito material do Planet Hemp. No início do ano passado comecei a e estruturar tudo. Foi o livro mais difícil da minha vida”, conta Pedro.

ACONTECIMENTOS

Episódios marcantes não faltam. Skunk, o criador de tudo, faleceu antes mesmo de gravar o primeiro disco. A troca de integrantes frequente é uma das características do grupo. Muitos não se lembram, mas até Seu Jorge passou pelo Planet Hemp como percussionista. Em sua entrevista ao livro, ele conta que estava com depressão antes de entrar para o grupo e foi o Planet Hemp que colocou ele na linha. Hoje, da formação original, continuam apenas Formigão e Marcelo D2.

O videomaker Cesinha Chaves, Marcelo D2 e Pedro de Luna com o livro em mãos. (Editora belas letras/Divulgação)

Entre tantas polêmicas, uma das maiores foi a prisão do grupo em Brasília, em 1997, sob acusação de apologia ao uso da maconha. Para Pedro, apesar da publicidade, já que durante semanas foram noticiados na grande mídia, o medo predominou nos dias seguintes. “Eles passaram uma semana na cadeia. Isso causou uma paranoia. O Marcelo D2 não queria mais sair de casa com medo de fazerem algo com ele. Eles foram convidados para o ‘Programa Livre’, do Serginho Groisman, no SBT, ao vivo. Estava toda a banda, menos o Marcelo que não queria sair de casa. Tiveram que arrombar a porta da casa dele e o Silvio Santos arrumou até um helicóptero”, conta.

Nessas duas décadas e meia, a banda conviveu com muita repressão, mas, apesar disso, entre trancos e barrancos, sobreviveu e continua na ativa. “Nenhuma banda de rock tinha coragem de misturar o ritmo com o hip hop. Na questão artística eles também trouxeram várias inovações. Foi a primeira banda que teve dois vocalistas que não tocavam instrumentos. E também a primeira banda que introduziu o DJ como integrante, algo que foi copiado por outras bandas brasileira depois. Mais que uma banda, o Planet Hemp é uma causa. Diminuir a banda à maconha é reduzir muito todo o trabalho. Eles falam de liberdade de expressão, algo muito maior”, opina o autor.

 SERVIÇO

"Planet Hemp – Mantenha o respeito" - Pedro de Luna

Belas Letras, 496 páginas. Quanto: R$ 69,90.

Lançamento: quarta-feira (19), às 19h, no Spirito Jazz. Rua Madeira de Freitas 244 , Via Cruzeiro Mall, 2º Andar, Praia do Canto.

Show com a banda Beck Power e presença do autor.

Entrada gratuita.

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