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Série 'Impulse' mistura elementos de filme B e bons personagens

Série "Impulse" mistura elementos de filme B e bons personagens

Disponível no YouTube, "Impulse" se baseia em livro do autor de "Jumper" para contar um drama adolescente com roupagem de ação e ficção científica

Publicado em 12 de dezembro de 2018 às 22:13

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Série "Impulse". (Youtube/Divulgação)

Lançado em 2008, “Jumper”, de Doug Liman, foi um grande fiasco cujo maior mérito foi não ter ganhado o título nacional de “Puladores Espaciais” ou algo do tipo. Baseado no romance de ficção científica de Steven Gould, o filme acompanhava o jovem David Rice descobrindo seus poderes de teletransporte, conhecendo outras pessoas com a mesma habilidade e, por fim, lutando contra os Paladinos, um grupo que, por motivos religiosos, queria matar todos os “jumpers”.

O filme de Doug Liman, no entanto, apenas resvala superficialmente no universo criado por Gould, que além de “Jumper”, lançou “Reflex”, “Impulse” e “Exo”, todos situados no mesmo universo – há ainda um quinto livro que conta o passado de um dos personagens do filme, mas não faz parte da série propriamente dita. É contra essa impressão negativa que “Impulse”, séria original do YouTube, está sendo obrigada a lutar.

Pegando emprestado o nome do segundo livro da série, “Impulse” foge do conteúdo do livro para contar a história de Henry (Maddie Hasson), uma jovem rebelde que tem sofrido com ataques epilépticos que, na verdade, são a manifestação de seus poderes.

Série acompanha a jovem Henry enquanto ela descobre seus poderes. (Youtube/Divulgação)

Henry vive às voltas com problemas familiares – a mãe pula de cidade em cidade e agora arrumou um namorado com uma filha da mesma idade de Henry – e na escola, onde não consegue se enturmar. Sua vida muda de vez quando ela se envolve com o bonitão da escola e seu poder se manifesta efetivamente pela primeira vez.

NARRATIVA

Com a primeira temporada dividida em 10 episódios (os três primeiros estão disponíveis gratuitamente no YouTube), a série consegue se aprofundar no universo dos jumpers sem pressa. Personagens que ganham importância no decorrer da trama são apresentados aos poucos, com uma cena aqui e outra acolá, o que desperta a curiosidade do espectador à medida que ele mergulha na história.

Vale ressaltar que “Impulse”, no fim das contas, é uma ficção-científica juvenil na mesma pegada que “Inocentes”, lançada pela Netflix este ano. A manifestação dos poderes de Henry está diretamente ligada aos seus problemas pessoais e aos anseios da adolescência. Mas não há problema nenhum nisso.

Algumas cenas de ação de “Impulse” deixam claro as limitações orçamentárias da série. Quando a narrativa investe nesse tipo de sequência, a produção ganha ares de filme de baixo orçamento. Quando aposta nos personagens, porém, a série ganha força e vale a pena ser vista.

É uma pena, assim, que o YouTube divulgue tão mal suas produções originais – o mesmo aconteceu com a ótima “Cobra Kai”. “Impulse”, se bem divulgada, poderia cair no gosto popular com dramas com os quais os jovens podem se relacionar e uma história de ficção científica razoável.

Confira aqui o primeiro episódio:

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