> >
Cinema itinerante nas praias durante o verão capixaba

Cinema itinerante nas praias durante o verão capixaba

Festival de Cinema de Vitória Itinerante tem início neste sábado (19) com sessão de cinema na orla da Praia do Morro, em Guarapari

Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 23:38

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Cinema montado na Praia do Morro em edições anteriores do festival. (Tato Hauer)

Um caminhão que se transforma em uma tela de cinema de oito metros de largura e cinco de altura estará rodando pelo litoral do Espírito Santo a partir deste sábado (19) até o dia 2 de fevereiro. Junto com tapete vermelho e cadeiras ao ar livre, ele será usado para exibir peças audiovisuais do 25º festival de Cinema de Vitória Itinerante.

Em sua primeira parada, o circuito vai levar o filme “Benzinho”, de Gustavo Pizzi, e a série infantil “Irmão do Jorel”, do capixaba Juliano Enrico, à Praia do Morro, em Guarapari. Em seguida segue para Linhares, Aracruz e São Mateus.

A produtora executiva do festival, Larissa Delbone, conta que a escolha dos filmes seguiu critérios de leveza e ter atmosfera “solar”.

“Sempre escolhemos filmes de classificação livre ou de até 12 anos, que tenham o frescor do verão e que envolva famílias e turistas. A escolha do ‘Benzinho’ partiu de uma curadoria interna. O longa tem um apelo emocional por tratar da relação familiar, do ninho vazio… Já o ‘Irmão do Jorel’ será um episódio inédito para o festival. É uma parceria antiga e é um produto pensado e produzido por um capixaba”, conta Larissa.

SAO PAULO CADERNO 2 Animação 'Irmão do Jorel' FOTO DIVULGACAO. (Divulgação)

Com a 25ª edição do festival na estrada, Larissa afirma que essa é uma das edições mais felizes. “Completar 25 festivais é muito simbólico. Encerramos um ciclo e abrimos um novo. Nesses anos, levantamos a bandeira de que a cultura precisa ser acessível e descentralizada, quanto mais popular é melhor. É um evento que já está no calendário das pessoas”, pondera.

A produtora ainda descreve o sentimento de levar o cinema para lugares sem salas de exibição. “Nós esperamos que o público tenha a sensação de estar em uma sala de cinema de verdade, que saiam inebriado pela magia do cinema”, revela.

Abertura

A abertura do festival será no sábado (19), às 19 horas, em frente ao hotel Quatro Estações, na Praia Morro, em Guarapari, com apresentação do ator Maurício Mattar – um verdadeiro evento de verão.

A música fica por conta do Batuqdellas, grupo formado por 40 mulheres ritmistas, que fará o primeiro show do ano já em clima de carnaval. A produtora Lara Toledo conta que o grupo traz novidades como vozes e instrumentos de corda.

A bateria BatuQdellas é formada só por mulheres. (BatuQdellas/Divulgação)

“É um prazer enorme participar do festival. Estamos bem animadas. Ele já tem uma história e poderemos levar samba para turistas e moradores”, diz.

Em seguida será exibido o episódio “A Pipa Ideal”, da 3ª temporada da série “Irmão do Jorel”, e, na sequência é a vez do elogiado “Benzinho”, que conta a história de uma mãe que vê a vida mudar quando o filho mais velho resolve ir jogar handebol na Alemanha. O elenco tem nomes como Adriana Esteves, Otávio Müller e Karine Teles e pelo ator grego radicado no Espírito Santo, Konstantinos Sarris.

Circulação

Com estreia no Festival de Sundance, nos EUA, a película já passou por mais de 30 festivais nacionais e internacionais, onde acumulou premiações. Ao C2, o diretor Gustavo Pizzi falou sobre a experiência de ter o filme circulando em um festival itinerante.

“O filme ser exibido dessa maneira é muito importante para termos o retorno das pessoas”, analisa Gustavo.

Sobre a temática do filme, Pizzi conta que ela começou a ser pensada quando os filhos nasceram. A partir disso, a obra trabalha o protagonismo feminino dentro de um contexto de invisibilidade.

Benzinho. ( VITRINE FILMES)

“O ‘Benzinho’ fala de pessoas invisíveis, em especial de mulheres invisíveis. Todo trabalho insano que sempre fizeram e ninguém deu importância. O trabalho doméstico, com o filho, o trabalho dentro de casa... É nesse contexto que Irene se insere. O ‘Benzinho’ é a história das pessoas que ficam, a história dessa mãe que fica e, no geral, não se vê a história dela ser contada”, acrescenta.

Este vídeo pode te interessar

 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais