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Entenda por que a próxima cerimônia do Oscar pode não ter apresentador

Entenda por que a próxima cerimônia do Oscar pode não ter apresentador

Kevin Hart, cotado para o posto, se viu envolvido em polêmica com piadas tidas como homofóbicas

Publicado em 11 de janeiro de 2019 às 22:47

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11/01/2019 - O ator Kevin Hart. (Reprodução/CNN)

A situação sobre como será a próxima cerimônia do Oscar, marcada para 24 de fevereiro, segue indefinida. Isso porque, a poucas semanas da premiação, a Academia ainda não se decidiu a respeito de quem será o apresentador da noite.

 

A indefinição tem a ver com as controvérsias envolvendo o humorista Kevin Hart. O ator de "Jumanji" havia sido escalado para assumir a função, mas, dias após seu nome ter sido anunciado, vieram à tona tuítes antigos que ele postou, recheados de piadas tidas como homofóbicas.

 

Em uma delas ele diz que, se um filho seu quisesse brincar com uma casa de bonecas, ele iria "quebrá-la na cabeça dele e dizer: 'Pare, isso é gay'". As postagens foram apagadas.

 

Hart disse em dezembro que desistiu de apresentar o Oscar assim que os tuítes ressurgiram. Afirmou que não queria "ser uma distração em uma noite que deve ser celebrada por muitos artistas talentosos". Ele também pediu desculpas à comunidade LGBT e disse que continua "evoluindo".

 

O imbróglio se arrastou por mais um mês. Chefão da Disney (dona da emissora ABC, que transmite a cerimônia), Robert Iger afirmou que, se Hart pedisse desculpas, ele poderia ser o apresentador.

 

Na última quarta-feira (9), em conversa com a apresentadora Ellen DeGeneres -que é lésbica, por sinal-, o ator disse que não toparia mesmo ser o apresentador da noite, a despeito dos pedidos de reconsiderar a sua decisão.

 

Hoje, a possibilidade mais aceita, segundo a imprensa americana, é que não haja nenhum apresentador.

É o que aponta reportagem da revista Variety, que conversou com várias fontes anônimas, e informa que a Academia planeja que várias celebridades se revezem para anunciar as categorias. Não haveria, portanto, o tradicional discurso de abertura.

 

A revista especializada Hollywood Reporter tem outro palpite. A publicação sustenta que é alta a probabilidade de que a Academia convide os atores do elenco da franquia "Vingadores", isto é, os intérpretes dos super-heróis da Marvel.

Seria a chance de ver no palco, reunidos, um time que inclui Robert Downey Jr, Mark Ruffalo, Scarlett Johansson, Chadwick Boseman, Chris Hemsworth, Brie Larson, Bradley Cooper, Paul Rudd, Chris Evans, Tom Holland, Sebastian Stan, Don Cheadle -e, quiçá, Chris Pratt.

 

A ideia faz sentido. Que produção cinematográfica reúne, hoje, um grupo tão estrelado de atores? Outra: "Vingadores: Ultimato", capítulo final da franquia, chegará aos cinemas em abril, pouco depois da cerimônia. Seria, como aponta o New York Times, uma tremenda sacada de marketing.

 

De qualquer forma, a ideia de prescindir de um ou dois apresentadores fixos não é auspiciosa. A última vez que isso aconteceu foi em 1989, numa cerimônia duramente criticada por seu número de abertura.

 

Na ocasião, o produtor Allan Carr (de "Grease") foi convidado para bolar o espetáculo musical que abriu a premiação. O resultado foi desastroso: a recriação de uma boate de temática tropical, com direito a mulheres dançando com fantasia de Carmen Miranda e um dueto de mau-gosto entre o então galã Rob Lowe e uma mulher fantasiada de Branca de Neve.

 

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Logo depois do fiasco, um grupo de 17 celebridades, incluindo Gregory Peck, publicaram uma carta aberta dizendo que a cerimônia havia sido uma "vergonha tanto para a Academia quanto para a indústria cinematográfica".

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