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No 1º DVD, Lauana Prado traz 'feminejo cult' após 15 anos de carreira

No 1º DVD, Lauana Prado traz "feminejo cult" após 15 anos de carreira

Sertaneja viu o mercado evoluir, amadureceu e lança seu primeiro DVD, oficialmente, no momento certo para decolar Brasil afora

Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 20:52

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(Reprodução/Instagram @lauanaprado)

Lauana Prado começou a carreira, há 15 anos, já prometendo fazer a diferença no meio sertanejo. Hoje, é voz forte de um feminejo, que junta à própria bagagem cultural que acumula depois de viagens, turnês e cantos Brasil afora. Em seu primeiro DVD, que é lançado neste início de 2019, a artista aposta em hits autorais, mas canções que também fazem parte de seu repertório nas apresentações.

Exemplo disso é "Cobaia", o maior sucesso de Lauana de toda sua carreira. O hit, de Bruno Caliman, foi interpretado pela moça desde suas últimas produções e, de lá para cá, conquistou cada vez mais adeptos. Mas ela sabia, desde que ouviu a música, de que se tratava de "algo grande", como ela mesma chama.

(Reprodução/Instagram @lauanaprado)

Em bate-papo com o Gazeta Online, a cantora falou um pouco das expectativas desse primeiro DVD da carreira e discutiu sobre o cenário do sertanejo no Brasil:

É seu primeiro DVD. Ele vem depois de 15 anos de carreira. Esse tempo foi de amadurecimento?

Acaba que a gente acumula muita coisa para contar. Em 15 anos, é uma vida que você vai trilhando, degraus que você vai subindo... Alcançando metas e objetivos. Do começo para cá, além de ter tido experiência, a entrada numa gravadora de nome (a Universal Music) ajuda muito. Hoje, mais do que isso, sou parceira da minha equipe. Me sinto totalmente calçada e amparada, mas tudo mudou da água para o vinho. Hoje, vivo os melhores dias da minha vida.

E o que esse primeiro DVD traz de diferente do que o público do sertanejo já está acostumado a ver?

De um modo geral, a gente tentou trazer a realidade do sertanejo de uma maneira diferente de todos os sentidos, algo diferente em 360º. A Lauana, falando em terceira pessoa, é uma mulher que, por mais simples que seja na maneira de ser, de viver, tem muita personalidade e também uma pluralidade musical muito extensa - por toda a história de vida mesmo. Mas busquei trazer isso de forma charmosa. Estamos vivendo um momento em que o público também quer novidade, então deu tudo certo.

As músicas são autorais e, três das dez, regravações. Elas têm alguma mensagem ou inspiração maior?

Cada música tem uma história. Carrega consigo um sentimento, uma temática, uma lição... Eu procuro tocar o coração das pessoas. São sete músicas (autorais) que dizem muito de mim. Muitas delas são inspiradas na minha vida pessoal, outras são em pessoas com as quais eu convivo. Mas o objetivo maior é eu tocar o coração de quem me ouve.

"Cobaia" é seu hit de maior sucesso. Sentiu isso desde o início, que seria um sucesso?

Eu sabia que se tratava de uma música muito grande. Eu escrevo para outros artistas, também, e tem música que eu escrevo e vejo que não é para mim. Mas "Cobaia", quando eu a ouvi, ouvi cantada pelo Bruno Caliman, eu senti que precisava dar minha interpretação. E eu imprimi nela toda a minha essência quando cantei. A gente sabia que se tratava de um grande hit. E hoje vemos isso concretizado no público.

Seu primeiro DVD se chama "Verdade". Qual é a sua verdade e qual o motivo do nome?

"Verdade" traz a minha verdade. Porque, como é o primeiro DVD, eu queria que tivesse tudo de mim, tudo o que eu sou, nele. O DVD tem o meu visual, a minha personalidade, desde as letras até o arranjo. Tudo tem minha bagagem como artista diferente.

Já foi discriminada no meio sertanejo por ser "diferente"?

Já sofri por não ser o esteriótipo, mas isso nunca me incomodou. Eu trabalho para mostrar que isso não tem nada a ver. Preconceito a gente sofre: primeiro por ser mulher, depois por ser diferente, seguido por falar de amor de uma forma diferente. Isso um dia me amedrontou, hoje não mais. É totalmente diferente.

Como percebe a valorização do feminejo ao longo da própria carreira? Você também surfa nessa onda, certo?

Nós, mulheres, temos mostrado competência com nosso próprio mérito em todos os departamentos. E acho que é uma tendência, não uma onda. Quando comecei, cheguei a ouvir de amigos e parentes que não tinha como eu ser cantora de sertanejo porque mulher no sertanejo não dá certo. Mas a crítica, querendo ou não, é o que nos move. Sempre usei isso ao meu favor, para provar o contrário. Creio que isso faz parte da evolução humana. Ainda assim, lá atrás, a gente já tinha Roberta Miranda, né?

Falando nisso, têm cantoras ou artistas que admira de alguma forma?

Roberta Miranda, sem dúvida, pela mulher que é; Ivete Sangalo, que também é uma grande referência; Marília Mendonça, do sertanejo, também admiro muito e tem grande personalidade; Lady Gaga, que sou muito fã e vejo uma artista muito completa; Beoyncé; e Cássia Eller, que ouvi muito na minha adolescência.

E o DVD vem com parcerias de outros artistas?

O DVD terá duas partes. Essa primeira parte é comigo e a segunda parte terá outras nove músicas, com parcerias. Terei música com Edson & Hudson e Fernando, da dupla com Sorocaba.

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