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Censura ou opção comercial? 'Boy Erased' não chegará aos cinemas

Censura ou opção comercial? "Boy Erased" não chegará aos cinemas

Decisão de distribuidora de não colocar os filmes nos cinemas do Brasil revoltou o público

Publicado em 4 de fevereiro de 2019 às 16:54

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Filme Boy Erased não terá lançamento nos cinemas do Brasil. (Universal/Divulgação)

As redes sociais foram à loucura no domingo com a notícia de que a Universal não lançaria no Brasil o filme "Boy Erased", de Joel Edgerton. Estrelado por Nicole Kidman, Russell Crowe e Lucas Hedge, o filme conta a história de um jovem gay que, após se revelar para sua família, é obrigado pelo pai, um pastor, a participar de um programa de "cura" na igreja. O filme se baseia no livro de Garrard Conley, que escreveu ali uma versão fictícia de sua vida.

A primeira reação do público foi achar que se tratava de uma censura do governo do presidente Jair Bolsonaro, afinal a pauta LGBTQI não é muito "querida" pelo governante.

A decisão pegou mal e o próprio Garrard Conley falou em “censura”. “Boy Erased censurado no Brasil. Sentia que isso poderia acontecer e é muito triste que esse tipo de coisa esteja acontecendo num país tão maravilhoso”, escreveu.

A Universal logo tratou de desmentir. Após demanda da reportagem, afirmou que a decisão é puramente comercial, "baseada no custo de campanha de lançamento versus estimativa de bilheteria nos cinemas". Vale ressaltar que o filme foi muito mal no mercado americano, com bilheterias inferiores a US$ 7 milhões.

A distribuidora muito provavelmente estava contando com algumas indicações do filme ao Oscar ou alguns prêmios em premiações menores. Apesar de duas indicações do Globo de Ouro, "Boy Erased" passou em branco entre os indicados pela Academia.

O que pode acontecer agora é a distribuidora licenciar o filme para algum serviço de streaming, já que o mercado de home video praticamente sumiu. O mesmo aconteceu, por exemplo, com o ótimo "Aniquilação", que a Paramount escolheu ignorar e hoje está disponível na Netflix.

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