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Dicas para curtir os bloquinhos sem treta ou dor de cabeça

Dicas para curtir os bloquinhos sem treta ou dor de cabeça

Não vale esculhambar tudo só porque é carnaval! Fique de olho no celular, no dinheiro e aposte em roupas leves; o Gazeta Online preparou um guia prático com especialistas para você saber o que deve levar para cair no samba

Publicado em 1 de março de 2019 às 15:02

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Equipe de meninas de ateliê de adereços para carnaval de Belo Horizonte, em Minas Gerais, posam para foto de bloquinho de rua. (Daniela Bueno/Reprodução/Instagram @danibuenophoto)

Um esbarrão sem querer pode dar a maior dor de cabeça. Perder o celular no meio do carnaval não é nada legal. E passar (muito) calor nos bloquinhos, também, ninguém merece, não é? Calma, paciência, cuidado, roupas leves e pochetes são palavras de ordem nesse carnaval.

Para curtir as folias de rua, o melhor é se besuntar de filtro solar, levar pouco dinheiro, um cartão e nada mais - e tudo isso guardado em uma pochete. O tenente-coronel Márcio Franco Borges até brinca dizendo que os foliões podem apostar na tendência de moda, que também é tendência de segurança.

"Tenho visto muita gente já usando (a pochete) no Carnaval de Vitória e é ideal porque cabe tudo que a pessoa vai levar para o bloquinho e está sempre grudado ao corpo", destaca. Segundo ele, quem vai curtir na rua os embalos do samba não deve levar mais do que uma quantia baixa em dinheiro, um documento só de identificação, um cartão de crédito e muita alegria. "A gente quer que o folião se divirta, claro, beba com moderação, mas ele pode tomar alguns cuidados para não facilitar o trabalho dos bandidos", ressalta.

O tenente-coronel aponta que o celular é o item mais visado nessa época do ano. Por isso, é importante o folião deixar em casa o número do IMEI do aparelho e deixá-lo sempre guardado. "Só tirar para fazer selfie", brinca.

Para quem vai levar criança, a ordem é ficar de olho nos pequenos, mas por precaução colocar uma pulseirinha com o nome dos pais e um telefone nos foliõezinhos. "Uma outra medida, que é relativamente 'nova', é quem vir uma criança perdida ficar com ela e começar a bater palmas. Em algumas praias do Espírito Santo, a população já sabe que quando isso acontece, quem está batendo palmas encontrou uma criança que estava sozinha", explica.

Para o consultor de etiqueta Fábio Arruda, o que não pode sair da cabeça do folião em tempos de carnaval é a paciência e o bom senso. Ele destaca que tudo nesse período, naturalmente, fica mais demorado, mas que cada um já tem que sair de casa sabendo disso.

"Não é novidade para ninguém que no carnaval tudo é mais moroso. É só ter calma e paciência. Por mais VIP que você seja, também não vale querer usar de um status social para conseguir as coisas", destaca.

COMPORTADO E SEM ASSÉDIO

Nessa onda do comportamento, fique atenta (e, nesse caso, mais as meninas mesmo) ao que é assédio nos bloquinhos. Há alguns anos a moda do "não é não" virou grito de guerra nesse período de carnaval e não é em 2019 que a guarda pode baixar. 

A legislação mudou e o que se chama "importunação sexual", agora, é considerado crime. Antes, isso não passava de uma "conduta corriqueira em razão da folia", mas depois dos ajustes nada se justifica, como esclarece a chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher, a delegada Cláudia Dematté.

"Puxar assunto e paquerar são permitidos, desde que seja com respeito e sem ofender a honra, a integridade física, a liberdade e a dignidade sexual da mulher”, destaca, completando: “A partir do momento em que a mulher disser não, isso deve ser respeitado. O desrespeito ao 'não' é o limite entre o que era uma conduta normal e o que passa a ser crime”.

A delegada alerta que quem presenciar uma violência contra a mulher também deve exercer seu papel como cidadão e fazer a denúncia. “Quem testemunhar alguma mulher sendo vítima desse tipo de conduta inaceitável e criminosa não pode se omitir. Acione a Polícia Militar por meio do 190", conclui.

DICAS PARA GARANTIR O CRUSH NOS BLOCOS

Escolha do bloco: a escolha do bloco é primordial para não sair no escuro e dar de cara com pessoas que não fazem "seu tipo". Portanto, é bom respeitar os espaços e as pessoas

Abordagem: ela deve ser feita após uma troca de olhares "de lei". Foi correspondido? Já é um sinal para chegar mais perto e iniciar uma conversa - sem precisar ficar encostando na pessoa enquanto fala, ainda mais em partes desnecessárias

Evite: puxões de cabelo, pegar no braço e beijo à força. Afinal, estamos em 2019 e as meninas não querem ser "laçadas" mas, sim, conquistadas

Cantadas: evite as cantadas prontas. Puxe um papo sobre algo que está acontecendo por ali. Apostar no bom humor e na sua observação do lugar valem muito. Mas é bom lembrar que ser direto também conta. Afinal, no meio da multidão é difícil ter mais que três minutos para o flerte rolar

Não é não: essa é a regra básica para tudo e todos. Se a pessoa disse que não quer, não insista. Aprenda a lidar com a rejeição. Deixe a pessoa curtir e vá em busca de outro crush - o que não falta no meio das aglomerações é gente

Mãos ao alto: nada de passada de mão nas partes íntimas de ninguém. Isso é abuso! Como diz a jornalista Carol Patrocínio, manter suas mãos para trás, ao lado do corpo, ou as utilizar para falar é super válido na hora que estiver conhecendo alguém. Lembre-se: não toque a outra pessoa sem saber se você pode fazer isso

Contatinhos: pegar os contatos do crush é de extrema importância, pois você pode continuar o seu jogo depois do carnaval. Vai que um amor de carnaval vira amor para a vida!

Seja legal: simpatia é infalível na hora da paquera. Além disso, pessoas legais são sempre bem vistas em qualquer lugar. E, sempre que puder, fique ligado nos problemas e ajude. Se vir alguma pessoa passando mal, ajude! Alguém precisando de orientações, ajude! Uma situação de abuso, denuncie e ajude a acabar com ela

ROUPAS FRESCAS SÃO HIT NOS BLOQUINHOS

Não tem para ninguém que não o tule, por exemplo, em dia de bloquinho de rua. O tecido dá efeito, é leve e, mesmo sendo sintético, não esquenta tanto assim. Algodão também é uma boa pedida, mas o mais importante é o folião montar o look pensando que vai ficar sob o sol de 40ºC.

A ideia é manter o objetivo da fantasia, mas tentar apostar mais em acessórios sugestivos, que podem deixar todo o contexto mais descontraído. Se você quiser ir de Mickey Mouse, por exemplo, não precisa ir com a fantasia completa: vá só com um arco de orelhas, suspensórios e uma roupa mais leve para compor o look.

A consultora de moda Fernanda Trindade, da Revista.AG, publicou em sua coluna dicas de acessórios para o carnaval.

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