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Aposta do MPB 'fresh', Malía lança seu primeiro álbum aos 20 anos

Aposta do MPB "fresh", Malía lança seu primeiro álbum aos 20 anos

Jovem se intitula cantora de MPB "fresh" por mesclar vários ritmos com influências de precursores da música brasileira

Publicado em 22 de abril de 2019 às 13:42

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(Reprodução/Instagram @malia)

Aos 20 anos, Malía é aposta nacional de nova voz da MPB contemporânea - chamada por ela de MPB "fresh". Ninguém diria que nessa idade a jovem já teria tanta referência, mas desde sempre ela buscou criar um repertório musical que elevasse sua própria cobrança na carreira. Na última semana, lançou seu primeiro álbum, "Escuta", com 10 faixas, gravado em Santa Teresa, no Rio de Janeiro.

As músicas falam de representatividade, força, liberdade e de ser quem você é, como a própria cantora destaca em entrevista ao Gazeta Online. Na mesma ocasião em que conversou com a reportagem, Malía comemorava ter atingido números importantes nas plataformas e redes digitais que alavancam seu nome na web: seu primeiro single tem mais de meio milhão de visualizações e, no Instagram, mais de 70 mil pessoas acompanham o seu dia a dia.

"Mas tudo é pensado. Às vezes não me deixam aparecer nos stories e eu fico louca querendo aparecer (risos). Mas tenho que respeitar", confidencia.

Durante o bate-papo, a it girl lembrou os primeiros passos na música, falou de novos planos e da carreira, além de destacar as inspirações que a fizeram chegar a "Escuta":

Como foi que você começou a se interessar pela música?

Eu comecei a cantar naturalmente. As pessoas percebiam que eu era afinada e acho que a evolução foi acontecendo. Lá em casa isso era natural e eu sempre gostei de cantar. Quando eu cresci um pouco mais, lá pelos 10 anos, eu já escolhia discos de Caetano Veloso e Djavan para escutar e brincava de programa de jurados.

Como foram esses primeiros passos na música?

Começou assim que eu saí do colégio. Em 2015 eu entrei em um estúdio pela primeira vez entendendo que aquilo poderia ser o meu trabalho. Porque para mim era algo tão natural que eu não tinha noção do que a música poderia me trazer. Eu fazia porque era parte do meu dia a dia. E quando meus vídeos chegaram às redes sociais, várias pessoas começaram a elogiar e a fazer contato comigo. Mas eu ainda estava no Ensino Médio. Àquela época participava de festivais na própria escola e tive até uma professora que me incentivava muito.

E como você classifica o que você canta?

É muito difícil isso (risos). Mas eu falo que é uma MPB "fresh", porque realmente é difícil limitar a uma coisa só, porque eu acho que meu trabalho é muito plural.

Muita gente fala mesmo da sua pluralidade. Acha que isso é um diferencial?

Sim. A equipe de "Escuta" fez uma apresentação para mim e eu percebi que eu tive mais de 30 penteados em dois anos. E eu não quero perder isso, sabe? Quero valorizar essa pluralidade. Ninguém é uma pessoa só. A gente tem várias vontades, sentimentos...

E a juventude ajuda ou atrapalha?

Ajuda muito, mas eu tenho que respeitar muito tudo o que veio antes de mim. Eu falo que esse projeto é como se fosse um imã. Ele vai atrair tudo o de que eu gosto muito. Eu trouxe ritmos de que eu gosto, por exemplo, porque dizem muito de mim, de quem eu sou, de onde eu vim.

"Escuta" é o seu primeiro álbum, mas você já tem clipes na web. O público influenciou na formação do disco?

Com certeza. Nós estudamos muito o público que queremos atingir. Eu lembro até que teve uma interação com um pessoal mais velho, que reagiu bem às músicas, o que me deixou superfeliz. E esse trabalho fez a gente ir levando o repertório para esse lado da mistura, porque vimos que o público gosta desse tipo de música. E a gente tem que aproveitar isso, porque tem muita coisa para ser feita ainda (risos).

E como foi essa produção?

Foi bem demorada (risos). Entre pensar até aqui foi algo em torno de um ano e meio. Quatro meses só de ensaio para a gente chegar a um denominador comum. Quatro músicos participam comigo, sendo baixo, bateria, teclado e guitarra. Era uma banda que nós selecionamos e estou amando, porque os músicos são mais experientes e fizeram tudo com muita confiança.

E qual é a mensagem principal que quer passar?

A liberdade. É uma coisa que está muito na minha música. A pessoa fazer o que ela quiser e tudo bem, sabe? Acho que a gente vive muita intolerância, então eu queria buscar essa liberdade e fazer com que as pessoas se sintam bem com suas escolhas, porque às vezes fazemos escolhas de que as pessoas não gostam, mas não estamos errados por isso.

Você se identifica com essas situações?

Eu sempre ouvi que devia alisar meu cabelo. Nunca alisei e não estou errada. Eu sinto que a música transmite isso, que eu sou a resistência. A música transmite que eu tenho a opção de escolher o que fazer, a cor da unha que vou pintar, a roupa que vou vestir...

Algumas das músicas até falam muito de você, em primeira pessoa. É proposital?

Sim, e faço isso para me aproximar das pessoas. Eu sinto igual muita gente sente. Eu falo de mim, mas acho que isso traz pessoas que se parecem comigo para perto de mim. E de alguma forma a gente forma um time. E foi algo natural, também, porque antes eu sempre falei muito de mim e as pessoas vinham falar comigo por isso, sempre fui muito comunicativa. E eu falo que assim como me apoiaram agora eu que quero apoiar.

Já tem planos para o futuro?

Vou para minha primeira viagem internacional no mês que vem, para o México. Tem Rock in Rio também... Então estou com alguns desses projetos.

Qual é o seu sonho, hoje, como artista?

Fazer a cada dia que passa trabalhar para que eu esteja no lugar certo. Quero influenciar sendo uma boa pessoa.

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