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Monumentos históricos de Vitória serão restaurados em até seis meses

Monumentos históricos de Vitória serão restaurados em até seis meses

Projeto é uma parceria da prefeitura com o Instituto Goia e o Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa)

Publicado em 4 de abril de 2019 às 20:50

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04/04/2019 - Monumento ao Trabalho, localizado na praça Ubaldo Ramalhete, será o primeiro a ser contemplado com obras de restauro. (André Sobral/PMV)

Os monumentos urbanos localizados em Vitória serão restaurados em até seis meses. Essa é a promessa da Prefeitura de Vitória, que iniciou o projeto de Recuperação e Restauração dos Monumentos Urbanos nesta semana, em parceria com o Instituto Goia e o Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa).

O projeto é realizado por etapas, em que os monumentos serão divididos em grupos para a execução da obra. O primeiro a receber a intervenção é o Monumento ao Trabalho, na  Praça Ubaldo Ramalhete, no Centro da Capital. Ele faz parte do primeiro lote de esculturas a serem restauradas.

De acordo com a prefeitura, o Busto Dr. Zerbini e o Busto Ubaldo Ramalhete, localizados na praça Ubaldo Ramalhete; o Busto Dr. Affonso Schwab, na praça Irmã Josefa Hosanah; e a Cruz Reverente, na Praça do Papa, além da realocação e da construção de nova base para o Índio Araribóia, na avenida Beira-Mar, estão entre as intervenções previstas nesta primeira fase.

Enferrujada e meio esquecida, a Cruz do Papa, em Vitória, está servindo agora para exibição de exercícios de malabarismo de jovens. (Marcelo Prest)

Vale lembrar que, nos últimos anos, monumentos como o relógio da Praça Oito, em parceria com o Banestes e Instituto Goia, e o Papa Pio XII, no Centro de Vitória, e a escultura "O Beijo", no Parque Pedra da Cebola, foram restaurados. "Monumentos são o registro da história e da identidade de uma cidade, de um povo. Merecem respeito por isso, e, principalmente, por representarem o processo cultural que os faz existir. São a imagem e a narrativa de um momento que precisa ser averbado, que precisa estar diante de nossos olhos, eternizado, reverenciado", disse o secretário de Cultura, Francisco Grijó.

RESTAURO

O trabalho de restauro deste projeto será executado pelo Instituto Goia. Para a execução do trabalho, a equipe será composta por arquiteto e urbanista, artista plástico restaurador, turismólogo ou historiador, soldador, esmerilhador, pedreiro, pintor, auxiliar e estagiário de arquitetura. A coordenação geral dos trabalhos ficará a cargo de Pedro Canal, arquiteto urbanista com experiência de mais de 20 anos em projetos e obras de restauro.

Para executar o processo de restauro, cada um dos monumentos recebe uma avaliação individual que identifica as necessidades daquela obra. "Alguns monumentos estão em processo de deterioração, necessitando de intervenção, enquanto outros necessitam apenas de limpeza, pequenos reparos, reposicionamento, inclusão de placas informativas e iluminação adequada", explica Canal.

Essa avaliação permite criar um cronograma para a execução do trabalho. "Cada monumento é avaliado em seu estado de conservação e suas características técnicas e estilísticas. São identificadas, também, as mutilações e/ou perda de elementos originais que necessitam de recomposição", finalizou.

IMPORTÂNCIA

"Os diversos monumentos que observamos no contexto urbano, como estátuas, esculturas, intervenções artísticas públicas e prédios históricos, são importantes símbolos da história e da cultura locais que servem à constituição de uma identidade, de um sentimento de pertencimento àquela realidade histórico-cultural", explicou Matheus Corassa, historiador e mestre em História da Arte.

Para ele, o processo de restauro e preservação dos monumentos tem como principal objetivo a manutenção do reconhecimento dos aspectos principais da sua cultura.

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"Em um sentido mais amplo, o restauro dos monumentos traz uma perspectiva de responsabilidade não só para o poder público, como para toda a sociedade civil. Entende-se, assim, que o restauro, bem como as políticas preservacionistas em geral, são de interesse público e atingem a todos. Ou seja, a implementação das políticas de preservação/conservação dos monumentos também tem um relevante efeito de conscientização para toda a sociedade", finalizou Corassa.

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