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'Os Simpsons' ganha maratona para marcar estreia da 30ª temporada

"Os Simpsons" ganha maratona para marcar estreia da 30ª temporada

A partir desta quarta, dia 1º, canal exibe uma temporada da atração por dia. A farra também serve para comemorar os 30 anos da série, a mais duradora da TV americana

Publicado em 30 de abril de 2019 às 20:05

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"Os Simpsons", série de TV. (Divulgação)

O aniversário só acontece em dezembro, mas o Canal Fox resolveu adiantar as comemorações dos 30 anos de “Os Simpsons”. A fim de preparar os fãs brasileiros para a estreia da 30ª temporada, em 30 de maio, a emissora organizou uma supermaratona que começa nesta quarta-feira, dia 1º. Serão 29 temporadas em 29 dias, ou seja: uma temporada por dia.

Nesta quarta, as exibições da primeira fase da série começam às 18h e vão até as 23h. A atração volta ao ar durante a madrugada, a partir das 3h. É preciso ficar ligado na programação do canal, pois, para cada dia, a FOX destacou um horário diferente. Afinal, cada temporada tem um número diferente de episódios. A média são 24 capítulos por “season”. Veja abaixo o trailer do primeiro episódio da nova temporada.

Homer, Marge, Bart, Lisa e Maggie, a família mais excêntrica e longeva da TV americana, foram criados por Matt Groening e produzidos pelo midas James L. Brooks.

O comportamento crítico da série em relação aos costumes bizarros da cidade de Springfield - quase como uma radiografia ácida dos tempos em que vivemos - tem muito a ver com o trabalho humanista que James L. Brooks sempre desenvolveu no cinema, visto especialmente em filmes como “Laços de Ternura” (1983), que lhe rendeu o Oscar de Direção, e “Melhor É Impossível” (1997), que presenteou Jack Nicholson com uma de suas melhores atuações.

O lado crítico da série também chama a atenção do publicitário Daniel Deamorin, 38, que costuma ver o programa acompanhado do filho, o pequeno José, de oito anos. Daniel defende seu personagem preferido, Homer, com unhas e dentes.

“Ele é uma crítica benfeita ao jeito de viver do americano padrão. É um resumo de como eles pensam e agem. Seu comportamento egoísta, de achar que o mundo gira em torno dele e agindo de acordo com os seus impulsos, dá uma veracidade monstruosa à série”, acredita.

Sobre conferir a atração acompanhado do filho, o publicitário não vê problemas. “Os simpsons não defendem uma questão tão anti-heróica, como visto em séries como “South Park”, por exemplo. Acredito que isso atraia mais o universo infanto-juvenil. Isso vem de acordo com as teorias que acredito: que Matt Groening concebeu a série para atrair o público adolescente”.

INÍCIO

“Os Simpsons” foram criados como um quadro humorístico para o programa “The Tracey Ullman Show”, em 1987. Dois anos depois, mais precisamente em 17 de dezembro, estreou no formato de série, com um episódio de 30 minutos sobre o Natal.

No Brasil, o programa é exibido desde 1991 na TV aberta, estreando na Rede Globo. Após passar pelo SBT e pela Rede Bandeirantes, hoje é transmitido apenas na TV fechada. Ainda assim, a sitcom continua sendo um fenômeno da cultura pop que não mostra sinal de desgastes, sendo campeão de memes e trending topics no Twitter.

Também chama a atenção a capacidade da série de prever o futuro, “dom” que acabou se transformando em uma espécie de lenda urbana. Homer e sua família adiantaram, por exemplo, a vitória de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em 2000, 16 anos antes da eleição. Em 1988, no episódio “When You Dish Upon a Star”, a série previu que o estúdio Fox seria vendido para a Disney, o que aconteceu somente em 2017.

Lisa, por sua vez, acertou o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 em 1997. Em um episódio, ela aparece segurando uma revista com a palavra “New York”. Ao fundo, o número 9 e uma imagem das torres do World Trade Center formando o número 11.

As previsões acertadas da família de Springfield, de acordo com o advogado Miguel Reis, 50, são mais do que pura sorte. “Os roteiristas estão sempre muito antenados com o que está acontecendo no mundo, seja na política, na economia ou mesmo no comportamento de parte da sociedade. Por isso, às vezes, conseguem acertar previsões. Estar sempre atual e de acordo com situações do cotidiano explicam o motivo do programa estar há 30 anos no ar”, acredita.

VERDE E AMARELO

Simpsons prevê lesão de Naeymar. (Reprodução / Youtube)

 

O Brasil sempre está presente nas confusões do programa. Num episódio de 2002, por exemplo, o Rio de Janeiro foi retratado como um lugar selvagem, cheio de ratos, ladrões, sequestradores e macacos. A polícia era vista, na série, como inoperante e uma “certa” apresentadora infantil, a Xoxochitla, usava trajes sumários enquanto dividia o palco com crianças. O produtor James L. Brooks pediu desculpas após a prefeitura da cidade ameaçar abrir um processo contra a atração.

Quer outro exemplo? Em 2014, a série previu a lesão de Neymar na Copa do Mundo e a derrota para a Alemanha no mesmo mundial de futebol.

Após rumores de um futuro incerto, principalmente porque está dando prejuízo por não conseguir fechar cotas de patrocínio (seria por conta de seu teor crítico?), “Os Simpsons” viraram aposta da Disney, nova proprietária da Fox.

Mais duas temporadas já foram acertadas, o que garante 713 episódios e o título de série com mais números de capítulos da TV americana. Além disso, o programa será uma das atrações principais do novo Disney +, o serviço de streaming do estúdio do Mickey que pretende ultrapassar a Netflix em poucos anos. A estreia está prevista para novembro nos Estados Unidos.

O oráculo de "Os Simpsons"

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