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Grávida, cantora Carolina Frozza lança single após pausa na carreira

Grávida, cantora Carolina Frozza lança single após pausa na carreira

Depois da maternidade, cantora quer cantar a experiência de ser mãe e mulher

Publicado em 16 de julho de 2019 às 14:19

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(Reprodução/instagram @carolinafrozza)

Carolina Frozza se entregou à maternidade. Ela já tem dois filhos e enquanto produziu e gravou "Amor Imperfeito" brindava mais uma gravidez. Agora, depois de cinco anos longe dos holofotes, ela quer voltar com tudo celebrando na música o dom que é ser mulher e mãe. "Decidi que a gravidez não ia me limitar, ela só iria me iluminar e incentivar", dispara, em entrevista exclusiva ao Gazeta Online.

No bate-papo, a artista lembrou de quando começou a caminhar na música e diz que alguma influência pode ter vindo do pai, que às vezes se aventurava no violão que a própria Carolina herdou. "Desde sempre ouvi música boa, então me acostumei com aquilo. Mamãe, depois de se separar do meu pai, ficou triste e encontrava nas melodias uma forma de refúgio. E acho que eu percebi isso tanto que comecei a eu mesma fazer o som", avalia.

Carolina deve lançar outros dois singles com clipes até dezembro, mas por enquanto é só alegria com a mensagem que quer passar com seu mais novo lançamento, "Amor Imperfeito". A canção estará disponível nas plataformas digitais a partir desta sexta-feira (19). Assista a um tease do clipe.

A sua trajetória na música começou quando você tinha 5 anos de idade. Como foi essa introdução?

Foi tranquilo. Até porque com cinco anos a gente não tem muita noção da vida. Essa é a grande real (risos). Meus pais se separaram nessa época e era algo que eu não entendia direito. E mamãe escutava muita música erudita, canções italianas, e tudo isso para espantar a tristeza. Depois disso, eu percebi que eu estava triste e, de repente, a música ia me ajudar a passar por esse processo. Aí, me deixei levar pela música romântica.

Teve alguma inspiração na família?

Meu pai é poeta, escritor, toca violão clássico... O violão dele foi até passado para mim, que é um modelo que é relíquia hoje em dia, que é inclusive o que eu uso no clipe de "Amor Imperfeito". Ele me inspirou, mas nunca disse o que eu deveria fazer. Ele me deixou sempre muito livre e eu recebi apoio de todos os lados nessa trajetória.

Como foi o processo de produção de "Amor Imperfeito"?

Eu estava afastada porque tinha me dedicado à maternidade. Tive dois filhos nesses cinco anos parada e depois começaram a me incentivar a voltar a gravar. E aí eu, junto do meu esposo, escolhemos que a gravidez não ia me limitar, que ela só iria me iluminar e incentivar a fazer o que eu quero. E que essa terceira gravidez, que estou agora, faria tudo possível para que eu me tornasse ainda mais determinada e honrasse meus projetos.

Essa pausa te incomodou?

Por um lado, sim. É incrível você educar uma pessoa, saber que seu filho é dedicado, mas por outro lado eu me perguntava quando que eu iria novamente sentir a vibração de ser artista, porque eu já tinha feito tantos shows na minha vida que parecia que eu estava saindo de uma intoxicação (risos). Faz parte de mim, é a minha essência, algo meu. Então não posso negar. Estou grávida do terceiro, por isso digo que é um desafio incrível para fazer tudo isso, mas foi uma ótima escolha, porque é onde eu consigo medir minha força como mulher.

E como você retomou o pique de compor, por exemplo?

Eu leio muitas coisas e vi um texto de uma psicóloga norte-americana que tem um texto muito iluminado sobre a mulher, a força que a mulher causa... E esse texto ficou reverberando em mim muito tempo. E aí, pensei: 'Tenho que escrever algo sobre isso'. E eu já tinha uma melodia própria pronta, que estava sem letra. Aí juntei os dois e aconteceu a mágica. Parece que a letra foi feita junto da melodia, em conjunto, uma pensada para a outra.

(Reprodução/instagram @carolinafrozza)

E do que fala "Amor Imperfeito"? Qual é a mensagem?

A mensagem é que o poder da mulher é muito maior do que o que a gente imagina. A gente tem que lembrar do amor próprio e botar ele em prática para que não aconteça mais relacionamento abusivo, para ter mais autocontrole, poder de decisão, independência... A música veio para dar essa mensagem de que a mulher é capaz, por mais que ela tenha muita coisa nas costas.

É um pouco de uma experiência que você teve, não é?

É totalmente o que eu vivi. Eu escrevo o que eu vivo. Sempre falo que o artista, para ser autêntico e verdadeiro, tem que escrever sobre o que ele sente, o que ele vive. Porque se não fica muito raso. Fica sem poética e sem mensagem. E o poder da música é tão forte que é um descaso fazer algo sem qualidade.

De que forma a maternidade te mudou como artista nesses anos?

Essa pergunta me fez uma indagação agora (risos). Quando eu era solteira, me via só como uma pessoa. Depois que tive filhos, me sinto um ser humano de verdade. Mudei da água para o vinho. Eu acreditava que era boa cidadã, que fazia as coisas corretas, que ajudava os outros, mas depois de ter um filho parece que todo o cuidado é pouco, todo amor é pouco, que tudo o que você vivencia você quer fazer com que seu filho tenha uma experiência sempre melhor que a sua. Me fez um ser humano muito mais sensível, muito melhor. Até porque foram cinco anos de intensivão (risos).

E você começou no romântico, mas também já gravou CDs com vários DJs de várias partes do mundo. Quais são seus próximos movimentos?

Eu sou mais da MPB. Aquela MPB que dá para mesclar, misturar outros ritmos, que dê até para eu botar indie, eletrônica, folk... A minha vertente eletrônica vem justamente do fato de eu gostar do ritmo. A música eletrônica é motivadora. Fico muito reflexiva quando escuto um deep house, por exemplo. Mas sempre compus o romântico, falando de amor, do dia.

E quais são os próximos planos?

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Organizar minha agenda e lançar mais dois singles até o final do ano. Quero continuar falando sobre esse mesmo tema de mulher, superação de relacionamento abusivo, amor verdadeiro... E também falar um pouco sobre felicidade de ter alguém legal do seu lado, desse amor verdadeiro, porém imperfeito. Porque como ser humano eu não sou perfeita, então como vou exigir do outro um amor perfeito, não é?

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