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Em voo solo, Marcelo Falcão aterriza em Vitória com a turnê 'Viver'

Em voo solo, Marcelo Falcão aterriza em Vitória com a turnê "Viver"

Curtindo as "férias" dO Rappa, Marcelo Falcão lança disco solo e traz seu show para Vitória

Publicado em 27 de agosto de 2019 às 11:38

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Marcelo Falcão apresenta turnê solo pela primeira vez no Espírito Santo. (Jaques Dequeker / Divulgação)

Depois de 25 anos de música, turnês (e brigas), os integrantes da banda O Rappa decidiram "tirar férias". O vocalista Marcelo Falcão, no entanto, não consegue se afastar da música. Ele aproveitou o momento para fazer o seu primeiro trabalho solo, "Viver – Mais leve que o ar", com o qual desembarca em Vitória no próximo sábado, às 21h, no IlhaShows.

A "estreia" solo era uma ideia que Falcão vinha namorando há algum tempo. Depois de tantos anos juntos, cada músico da banda tinha vontade de "tirar um tempo para dar uma respirada d'O Rappa". Com o final da última turnê do grupo, em abril de 2018, Falcão se entocou no estúdio Toca do Bandido, no Rio de Janeiro, e finalmente se sentiu confortável para fazer o que queria.

De 70 músicas que o carioca havia começado a escrever, foram peneiradas 13 faixas que seriam posteriormente melhoradas para o trabalho que leva seu nome.

Enquanto O Rappa trazia aquele caldeirão de influências musicais que iam do samba ao rock, passando pelo rap e pela música eletrônica, Falcão, em seu disco de estreia, preferiu focar no reggae.

"Na banda, eu pensava em fazer música que meus amigos tivessem prazer em tocar. Agora, aproveitei o momento sozinho para usufruir mais de elementos que me deixam mais à vontade", diz o músico de 46 anos, em entrevista por telefone ao C2.

Apesar do reggae ser o fio condutor, Falcão vê no trabalho momentos diversos e, por isso, prefere classificá-lo como um disco de world music.

COMPOSIÇÃO

As faixas são um pouco mais longas que o convencional – algumas chegam a ter oito minutos. Falcão quis explorar o potencial dos músicos convidados para fazer o disco com ele.

"A ideia foi gravar da melhor maneira para que ouvir o disco fosse um momento especial, para as pessoas realmente aproveitarem a música", pondera.

O resultado são composições cheias de camadas, barulhos, solos de instrumentos diferentes para os ouvintes descobrirem aos poucos. É uma forma de tornar cada escutada do disco prazerosa e diferente da anterior.

"Eu quis falar sobre a vida, porque hoje as pessoas estão brigando, se polarizando e se esquecendo de viver. Ficam no celular e a vida real pouco importa. Dou muito valor às coisas que estão acontecendo no momento, então as músicas são felizes, para cima, passam essa vibe de sentir alegria e curtir o momento. Torço para que as pessoas acordem e a gente possa dar a volta por cima, mas isso começa dentro das pessoas", explica o músico, que defende que a obra seja consumida como um todo, sem escolher uma faixa favorita.

Além do momento político e social do país, Falcão também buscou inspiração em seu pai, Ademir Custódio: "Ele sempre deu a volta por cima e é muito inteligente. Como ele sempre fez, acredito que as pessoas têm que continuar apontando para uma direção onde tenha esperança". Custódio inclusive, segundo Falcão, deu alguns pitacos no disco.

SHOW

 

Na apresentação de sábado os fãs podem esperar cenário e efeitos modernos. "As pessoas vão ficar felizes porque o show tem um caminho pensado para provocar euforia e entreter a plateia. Até agora, na turnê, os recursos técnicos têm surpreendido. Fico feliz de poder usar uma boa estrutura com efeitos especiais que eu nunca vi sendo utilizados no Brasil até hoje", diz o cantor.

O repertório traz também momentos mais saudosistas com alguns dos maiores sucessos d'O Rappa. Fãs vão poder ouvir clássicos como "Anjos (pra quem tem fé)", "Minha Alma", "Me deixa", "Lado B Lado A" e "Pescador de Ilusões".

"A banda está em mim, eu jamais deixaria de tocar (essas músicas) em um show", ressalta Falcão.

Os planos do músico são de seguir na estrada tocando pelo Brasil todo até o fim do ano. Depois, em setembro e outubro de 2020, Falcão deve levar a turnê a palcos menores em festivais por países da Europa e da Oceania.

Como O Rappa ainda deve um disco para a gravadora, segundo Falcão os músicos da banda devem voltar a se encontrar quando todos estiverem saciados das férias.

"Continuam sendo pessoas que amo e respeito. Conseguimos juntos coisas que, sozinho, eu não conquistaria. Eu respeito o momento de pausa dos amigos, mas não consigo ficar longe da música e da estrada enquanto isso", esclarece.

SERVIÇO

Marcelo falcão

Abertura da banda Sheep & Parafina

Quando: sábado, dia 31, às 21h.

Onde: Ilha Shows, Alameda Ponta Formosa, 350, Praia do Canto, Vitória.

Ingressos: R$ 80 (meia 2º lote), R$ 100 (meia 2º lote). Ingressos à venda nas lojas Mavericks, na La Vitta Saladeria (Jardim da Penha) e pelo site www.superticket.com.br. Assinantes de A GAZETA têm 60% de desconto no valor da inteira.

Classificação 16 anos.

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Essa matéria foi escrita por um participante do Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta. (Divulgação)

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