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Ex-Suricato, Guilherme Schwab avança no folk-pop em nova música

Ex-Suricato, Guilherme Schwab avança no folk-pop em nova música

Cantor, de 36 anos, deu restart na carreira e em breve prepara EP "Tempo dos Sonhos" para lançar com sua máxima identidade

Publicado em 25 de agosto de 2019 às 00:18

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(Pedro Luz)

Em 2014, Guilherme Schwab, de 36 anos, estourou na música ao participar do programa "Superstar", da Globo. A partir da inserção global, o cantor já foi parar no palco do Rock in Rio e, em 2015, levou um Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro com "Sol-te". Agora, o músico quer escrever uma nova história. Afastado do grupo desde janeiro de 2017, ele agora flerta com o folk-pop e pop já tem até música de trabalho. "Hora e Lugar" - o novo single - já coleciona views pelas plataformas digitais afora.

A canção é o primeiro single do EP "Tempo dos Sonhos", que ainda não tem data de lançamento. "Lançamos esse primeiro single, estamos medindo o retorno, decidindo quando os próximos singles irão sair e aí decidiremos sobre o EP completo. Estava, até agora mesmo, em reunião sobre esse tema", disse o cantor, que atendeu o Gazeta Online por telefone.

Apesar da nova história, ele garante que não mudou muito, que a essência é a mesma. "A diferença é que agora sou eu que decido. Quando se está em um grupo, você dá a sua contribuição e divide com a contribuição dos outros. Sozinho tenho mais liberdade".

No bate-papo, Guilherme fez um balanço da carreira, falou de ambições e também detalhou o processo de produção de "Tempo dos Sonhos". Artista multi-instrumentista, como ele mesmo diz, o cantor também detalhou sobre a inclusão de instrumentos não tradicionais às suas canções.

Como foi o processo de produção de "Hora e Lugar"?

Tive um produtor comigo. Gravamos no estúdio dele e fui concebendo a música aos poucos. Na verdade, essa música tem 12 anos que foi composta, mas a mudança foi contínua. Vou compondo e aperfeiçoando, depois vou separando em EPs, outros singles. Nesse caso, eu fui melhorando o arranjo, trazendo essa coisa mais do pop, flertando com o folk. É uma experiência muito bacana, um trabalho bem profissional. Tivemos um cuidado muito especial com o produto final.

E sobre o EP Tempo dos Sonhos...

O EP também já está pronto. Algumas das músicas, eu compus durante o processo de gravação de "Hora e Lugar" e tem uma releitura, que eu ainda não posso dizer qual é (risos). Mas é um arranjo que está bem interessante. Duas canções eu fui compondo ao longo desse processo. A princípio, o EP deve ter cinco canções, mas pode ser que a gente coloque mais duas faixas.

E qual é a inspiração para Tempo dos Sonhos?

Tem um instrumento, o didjeridu (instrumento de sopro dos aborígenes australianos), que na mitologia representa o início de tudo. A própria técnica de tocar o instrumento é um acesso a esse tempo dos sonhos. E faz muito sentido para mim, porque mudou a minha vida. Também, por representar origem, estou começando essa minha nova jornada. É o primeiro single de um EP, um single recém-nascido que eu estou cuidando com muito carinho.

Como foi incluir sons não tão tradicionais às músicas? (Ele toca o didjeridu; weissenborn, violão havaiano; e o hang drum, percussão original da Suíça)?

Sou formado em Jornalismo, mas nunca trabalhei na área. Inclusive, paguei a faculdade tocando, sempre gostei muito. Quanto mais eu queria pesquisar, tinha mais interesse. Em determinado momento, comecei a abrir o horizonte para esses novos instrumentos. É como se fosse estudar a etimologia da música e comecei a ver a associação de tudo isso com a história da música mesmo. Aí comecei a incorporar tudo isso ao meu som. E muito desses novos instrumentos aprendi com vídeos na internet, a internet foi minha professora (risos). Depois foi um processo natural.

O que mudou de quando você estourou com o Suricato para hoje?

Acho que não mudou nada. Continuo na minha essência. Porque quando você está em um grupo, cada um contribui um pouco com a identidade. Na verdade, é uma mistura. A gente sempre muda, somos metamorfoses ambulantes, mas a minha essência é a mesma.

O que vai ser diferente na carreira solo, então?

A diferença é que agora sou eu. Eu decido. E quando você está em um grupo, dá a sua contribuição e divide com a contribuição dos outros. E o grupo é resultado dessa união. Sozinho tenho mais liberdade.

Sente saudade do Suricato?

Sou muito grato. Acho que a gente fez uma história muito bonita e agradeço tudo de bom e ruim que aconteceu. A gente é produto das nossas experiências, mas sentir saudade não sinto, não. A gente fez uma história bonita, que já está escrita, e ponto.

A experiência da carreira solo está sendo como você esperava?

Sim. Na verdade, ela já existe, porque eu tenho um disco anterior, mas é tudo recente. Essa nova fase tem um single, recém-nascido, como eu disse, e eu tô cuidando dele. Acho que é muito cedo para dizer qualquer coisa sobre como está. Estou muito feliz com a repercussão.

O clipe está bem visto na web...

Sim, está com uma repercussão grande nas redes sociais. E teve um alcance muito grande para um artista novo. Porque o artista solo é novo, que as pessoas estão conhecendo agora. E me surpreendi. Surpresa com felicidade.

Nesse trabalho você usou parte da equipe de uma empresa de Los Angeles, nos Estados Unidos. É uma pretensão de engrenar uma carreira internacional?

Para ir para fora, é preciso um segundo passo. Primeiro é necessário montar muito bem aqui [a carreira], a não ser que realmente apareça alguma coisa. Primeiro aqui para depois lá. Ainda mais um trabalho em português. Eu sei que eles têm interesse em música brasileira, mas por enquanto vamos devagar. Estou nesse momento de definição.

Falando em Brasil e em música brasileira, com todos esses instrumentos mais exóticos, como você dá brasilidade aos sons?

Acho que está na minha essência, eu sou brasileiro. O meio que a gente vive influencia. Tudo que a gente ouve, aparece no que a gente toca. Eu componho em português e toda essa instrumentação é um processo natural. Eu penso: 'Uma viola aqui pode dar certo, tal instrumento pode ficar legal aqui'. Esse EP é muito dirigido pelo violão e os arranjos vão sendo construídos. Não necessariamente, também, tenho que usar esses sons diferentes em todas as músicas. Se a música pede, eu coloco.

E quais serão os próximos trabalhos?

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Está tudo concentrado para o lançamento do EP. Estou até aqui, agora, discutindo sobre todos esses lançamentos. Lançamos o primeiro single, estamos medindo o retorno, e agora vamos decidir qual será a próxima música, quando vem o disco todo. Estamos neste momento de definição.

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