> >
Fantasia 'Carnival Row' quer ser novo 'Game of Thrones'

Fantasia "Carnival Row" quer ser novo "Game of Thrones"

Série da Amazon Prime Video tem ação, romance, fantasia e trama policial em uma Inglaterra vitoriana steampunk

Publicado em 29 de agosto de 2019 às 15:43

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
"Carnival Row" tem fantasia e crimes. (Amazon/Divulgação)

É bom que os oito episódios da primeira temporada de “Carnival Row” sejam disponibilizados de uma só vez pela Amazon no Prime Video. A série debuta no serviço de streaming amanhã e começa um pouco devagar, mas engrena bem lá pelo terceiro episódio, quando o espectador começa a se ambientar no universo de fantasia e intrigas criado pelo roteiro.

Apesar de o período temporal não bater, a série é situada numa espécie de Londres vitoriana steampunk chamada The Burgue – mesmo que no século 17. Neste universo, seres fantásticos convivem não muito em harmonia com os humanos, que habitam os melhores e mais nobres lugares da cidade e deixam o resto em guetos como o que dá nome à série.

A trama tem início com o detetive Rycroft Philostrate (Orlando Bloom) em busca de um assassino que mata fadas de maneira brutal. Philo, um veterano de guerra, tem um passado com uma fada, Vignette (Cara Delavigne), mas ela acredita que o amado está morto. É claro que o caminho dos dois vai voltar a se cruzar em The Burgue e se tornar, de certa forma, o fio condutor inicial de “Carnival Row”.

No primeiro episódio, a série parece uma grande desculpa para uma história de amor impossível. Com o universo ainda não apresentado na íntegra e com os personagens pouco desenvolvidos, a relação entre Philo e Vignette é desinteressante.

Com o passar dos episódios, porém, a série ganha novos contornos à medida que a trama explora novas possibilidades. A possível grande enrolação na história de amor logo dá lugar a um grande mergulho por cantos de uma metrópole suja, perigosa e cheia de fantasia. Ainda, surgem tramas políticas, algum sexo, discussões sobre racismo, refugiados e subtramas que enriquecem o universo enquanto o espectador é apresentado a uma ameaça sobrenatural em que pouca gente acredita.

A série obviamente é mais indicada para fãs de fantasias de forma geral. Apesar das diferenças óbvias de ambientação, a estrutura de “Carnival Row” é bem similar à de “Game of Thrones” – não é coincidência. A superprodução da Amazon quer justamente ocupar o espaço deixado pela série sucesso da HBO.

RITMO

A Amazon liberou toda a primeira temporada para a imprensa, e, tendo conferido os oito episódios praticamente em um dia, posso afirmar que a série tem um nítido problema de ambientação no início, mas cresce bem e chega ao seu ápice lá pelo quinto ou sexto episódio. É curiosa, assim, a mudança nos últimos dois episódios, nos quais o ritmo é alterado e tudo parece um pouco atropelado. Nada que comprometa.

Série "Carnival Row". (Amazon/Divulgação)

Ao fim da primeira temporada (a segunda já está confirmada) a sensação é positiva. Impressiona a qualidade técnica e a amarrada construção de mitologia da série, cujo roteiro vinha caramboleando por diversos estúdios de Hollywood por anos. “Carnival Row” não é perfeita, mas é ambiciosa e inteligente o suficiente ao conquistar seu público aos poucos, com pequenas doses de satisfação, para tentar se tornar um novo hit da Amazon após o sucesso de “The Boys”.

Este vídeo pode te interessar

NOTA: 7,5

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais