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Lívia Nery estreia com 'Estranhas Melodias'; ouça

Lívia Nery estreia com "Estranhas Melodias"; ouça

Disco sintetiza a essência da baiana. O trabalho é o primeiro distribuído pelo selo Máquina de Louco, do BaianaSystem, fora os discos da banda

Publicado em 22 de agosto de 2019 às 20:27

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Cheia de referências diversas, Lívia Nery constrói um disco de estreia que vai do eletrônico ao soul. (Caroline Bittencourt/divulgação)

Trânsitos, trajetos e itinerários. Música em movimento. São essas as palavras que a baiana Livia Nery usa para definir seu primeiro álbum, “Estranha Melodia”. “São caminhos do interior para a capital da Bahia, de Salvador para São Paulo. A música do disco não é estática”. O disco, que tem 12 faixas autorais e uma regravação, contou com a produção do paulista Curumim. O trabalho é o primeiro distribuído pelo selo Máquina de Louco, do BaianaSystem, fora os discos da banda.

Construído como uma biografia musical da artista, o álbum traz referências de tudo o que ela ouviu até ali, dentre músicas, caminhos e lugares.

“É bem característico de primeiro disco. A gente quer colocar tudo o que a gente tem, tudo que a gente ouve. A gente abre um baú de música boa e quer usar tudo. E aí o resultado é essa identidade musical”, conta Lívia, em entrevista por telefone ao Divirta-se.

E as referências são muitas. Segundo Lívia, o trabalho reúne composições novas e músicas que ela escreveu até dez anos atrás, o que garante a pluralidade de estilos.

“Têm desde música nacional que eu ouvia em casa, até coisas de fora do país, que meus amigos me apresentavam ou eu descobria. Tem música eletrônica, e tem uma pitada de soul que é uma coisa muito minha, também”, revela.

RESPOSTA

Para Livia, a recepção do trabalho pelo público tem sido muito positiva. “Estamos ouvindo gente que diz que o disco está fazendo parte da rotina das pessoas, tá entrando pra vida, ajudando em momentos difíceis. Tem sido uma coisa muito gostosa”, analisa.

Além da boa recepção do público geral, a crítica e a mídia especializada também parece ter recebido o álbum de forma positiva. “Nós estamos felizes. Os retornos têm sido muito legais, tanto de pessoas mais especializadas em música, quanto das demais pessoas. A experiência está muito legal”.

A artista conta que a pluralidade de referências garante mais de uma possibilidade de abordagem do disco. “O trabalho pede uma atenção. Existe uma profundidade para você entender todas as esferas. Mas também tem músicas logo no começo que vão agradar, dá pra dar uma dançada. O mais legal é compreender o todo, a unidade entre as treze faixas, mas ele é muito versátil também”.

O ritmo vai amenizando ao longo do álbum, que se encerra com a faixa “Spiritual”, um arranjo vocal da cantora, em inglês e sem instrumentos. “É como se a música dissesse ‘Vamos ficando por aqui, obrigado por compartilhar esse tempinho comigo’. É um descanso e uma forma de fechar a narrativa”.

Livia conta que o lançamento pelo selo fonográfico do BaianaSystem, o Máquina de Louco, foi algo muito espontâneo. “Eu disse que queria lançar meu disco e eles disponibilizaram o selo. A gente tem uma afinidade. Essa crença de que a música fala à frente, passa algo profundo. Isso aproxima a gente”.

No material de divulgação de “Estranha Melodia“, Russopassapusso, do BaianaSystem, afirma: “esse disco tem ponto de partida, passagem de ida na estranha estrada da melodia e ganha coragem numa trajetória mesmo sem saber onde vamos chegar. É reza forte, reza braba”.

OUÇA

Estranha Melodia

Livia Nery

Máquina de Louco, 13 faixas.

Disponível nas plataformas de streaming digital.

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Selo do Curso de Residência em Jornalismo Rede Gazeta. (Divulgação)

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