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'Éramos Seis' retrata o Brasil econômico e familiar do início do séc. XX

"Éramos Seis" retrata o Brasil econômico e familiar do início do séc. XX

Novela estreia nesta segunda-feira (30), com Glória Pires, Antonio Calloni e grande elenco, no horário das seis

Publicado em 27 de setembro de 2019 às 16:35

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Éramos Seis: Isabel ( Maju Lima ), Carlos ( Xande Valois ), Julinho ( Davi de Oliveira ), Júlio ( Antonio Calloni ), Lola ( Gloria Pires ) e Alfredo ( Pedro Sol ). (Globo/Raquel Cunha)

Um chá da tarde numa casa construída em 1920. Nesta atmosfera de início do século passado que se deu o lançamento do remake de "Éramos Seis", próxima novela das seis, que estreia nesta segunda-feira (30), na TV Gazeta. A festa no último dia (23) mostrou que a produção será impecável e ficará tão inesquecível na memória dos espectadores quanto as produções anteriores feitas sobre a trama da Avenida Angélica na televisão e no cinema.

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Antes de mais nada, é importante dizer que se trata de uma história atemporal, que traz para o debate conflitos universais. Estamos contando a história de uma família, seus laços e como seus integrantes fazem para se manterem unidos mesmo nos momentos mais difíceis. No fundo, é sobre o que une as pessoas, as relações de amizade, de parentesco e solidariedade

Angela Chaves, autora
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"Éramos Seis" atravessará três décadas que marcaram a história do país e da cidade de São Paulo: 1920, 1930 e 1940. E, especialmente, por meio de dois personagens especiais, o bonde e a Avenida Angélica, a passagem de tempo será identificada facilmente.

Éramos Seis: casa da Família Lemos. (Globo/Raquel Cunha)

Além dos elementos físicos da cidade, os personagens também amadurecem e dão contorno a trama familiar. A história da família Lemos, retratada ao longo de três décadas citadas, diante dos desafios que a vida impõe e a rede de apoio que se forma ao seu redor para superá-los são o fio condutor de "Éramos Seis".

Lola (Gloria Pires) é casada com Júlio (Antonio Calloni) e eles são pais de Carlos (Xande Valois/ Danilo Mesquita), Alfredo (Pedro Sol/ Nicolas Prattes), Julinho (Davi de Oliveira/ André Luiz Frambach) e Isabel (Maju Lima/ Giullia Buscacio). No início da década de 1920, Lola e Júlio dão um passo maior que a perna ao decidirem comprar uma casa na nobre Avenida Angélica, na zona central de São Paulo. Como não têm o dinheiro para adquirir o imóvel à vista, os dois fazem um financiamento com o banco, que cobra anualmente juros altíssimos.

Éramos Seis: Dona Marlene ( Walderez de Barros ), Júlio ( Antonio Calloni ), Isabel ( Maju Lima ), Lola ( Gloria Pires ), Carlos ( Xande Valois ), Alfredo ( Pedro Sol ), Julinho ( Davi de Oliveira ) e o cachorro Jagunço. (Globo/Raquel Cunha)

Dentro desse contexto, Júlio é um típico homem da época. Logo, se cobra e quer oferecer mais à família, sonha ser promovido no trabalho e se incomoda com a alta dívida que possui no banco por conta do financiamento da casa. “É um conflito interno que ele tem entre o ser provedor e o ser afetivo. Esse é o conflito eterno do Júlio e é tão grande, que ele chega a adoecer por causa disso”, explica Antonio Calloni.

Lola, por sua vez, é uma mulher que acredita na vida, entende que quando se tem boa vontade, quando se faz sua parte, o resto acontece naturalmente. Tem esperança na resolução dos desafios que se apresentam, ama o marido e os filhos acima de tudo e tem uma expectativa enorme pelo futuro de cada um deles.

A dificuldade para pagar a casa, contudo, é apenas um dos obstáculos do casal. No início da década de 1920, Júlio começa a apresentar graves problemas de saúde, o que traz custos inesperados. A criação e educação das crianças é outro obstáculo.

Carlos, Alfredo, Julinho e Isabel têm personalidades diferentes e por vezes até mesmo opostas. Mas todos têm um ponto em comum, algo que mantém seus laços fortalecidos, que os mantêm unidos diante de qualquer situação: o amor pelos seus pais.

Além do afeto e das vivências que têm em família, a relação com os amigos são fundamentais para identificar quem se tornam 10 anos depois, na década de 1930. 

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A década de 1920 é um momento importante para o espectador, que está conhecendo e criando uma intimidade com a família de Lola. Seremos testemunhas do crescimento daquelas crianças, o que é determinante para entendermos o comportamento deles enquanto adultos

Carlos Araújo, diretor
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Angela, que se emocionou ao ver o clipe da novela no lançamento, conta o cuidado que teve com a produção e o que o público pode esperar. "Eu espero que as pessoas se emocionem com a história de uma família, que se encantem com os erros e acertos de cada um, que torçam para que fiquem felizes, e que reflitam sobre solidariedade. O romance da Maria José Dupré faz uma denúncia social importante. É uma crítica a uma sociedade desigual onde o egoísmo impera, não há muitas chances de mobilidade, os ricos se mantêm ricos e os mais pobres têm poucas chances de conseguirem pagar as contas, oprimidos por inflação e juros. Essa novela fala sobre a importância de as pessoas olharem para o lado, para o outro. Enxergar a dificuldade do outro. Essa preocupação, cuidado e afeto são importantes nos relacionamentos humanos".

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