Givly Simons: o fenômeno que te deixa dançando por várias horas

Sucesso nas redes sociais, a banda Figueroas faz show em Vitória no sábado

Publicado em 12/08/2015 às 00h20

Atualizado em 12/08/2015 às 11h21

Givly Simons é o nome artístico de Gabriel Cavalcanti Passos. Vocalista da banda Figueroas, ele resolveu resgatar a lambada “de raiz”, ou “guitarrada” – como ela é chamada no Pará – depois de uma pesquisa de um ano.

“Cresci ouvindo lambada no bairro do Prado, em Maceió, e sempre gostei muito. De uns três anos pra cá, comecei a pensar que era um som muito atual e genuinamente brasileiro, com influências de países latino-americanos e africanos. Depois de uma pesquisa comecei a compor e criar umas linhas de guitarra com a boca mesmo e pensei que isso daria um projeto”, conta Gabriel, ou Givly, em entrevista ao C2.

Depois foi só chamar o tecladista Dinho Zampier e dar vida ao fenômeno Figueroas, que logo conquistou as redes sociais. Além de cuidar dos teclados, Zampier também assina a produção musical da banda. Em Vitória, a dupla se apresentará no sábado com um guitarrista convidado, o músico Fepaschoal.

Estilo

Cultivando um senhor bigode – que esconde seus 21 anos – e usando camisas coloridas com botões sempre abertos, Simons diz que a estética brega é influência de seu primo, Edson Wander, que era conhecido como o “Roqueiro Brega” nos anos 1960. “Edson é meu primo e foi ele que me ensinou tudo de brega que eu sei hoje em dia”, reforça.

Que o visual do frontman faz parte do show, ninguém questiona, mas Givly Simons nega que tenha criado um personagem. “Existe muito essa coisa de as pessoas acharem que o Figueroas é um humorista. Eles associam a lambada àquela comercial que o Kaoma (“Chorando Se Foi”) fazia, mas eles não faziam lambada, aquilo era outro ritmo latino”, argumenta o músico.

Apesar da roupagem brega, as temáticas das músicas não são exclusivamente românticas – “Onde é que está meu HD que ainda ontem emprestei a você?”, diz a “Melô do HD” .

A falta de romantismo Givly atribui a um momento pessoal um tanto solitário que vivia na época em que compôs as músicas. “Esse primeiro disco foi composto numa fase que eu estava amargurado de amor. Não tinha nenhum amor em que pudesse me inspirar. Hoje estou apaixonado e vamos ver uma nova fase mais romântica da banda, sem esquecer as músicas curtas e simples que são as nossas características”, promete.

Curtas e simples como, por exemplo, o hit “O Melô do Jonas”, uma verdadeira lambada chiclete. Uma das músicas mais assistidas do canal no Youtube da banda Figueroas – com 174 mil visualizações – o vídeo tem Givly Simons mandando um playback no programa que só recebe a nata da música brega: “Só No Vinil”.

Para o show de Vitória, Simons adianta que vai tocar um cover de Roberto Carlos e uma música inédita, escrita em parceria com Fábio Mozine, que faz parte das bandas Mukeka di Rato, Os Pedrero e Merda. Sobre essa parceria inusitada – o primeiro disco da banda foi lançado pela Läjä Records, selo de Mozine especializado em punk e hardcore – Simons explica que foi uma questão de identificação. “Como ele é um cara que gosta muito de lambada, de brega, entende muito do assunto. Acho que rolou uma identificação forte”.

Veja na quarta, uma aula de lambada com Givly Simons, do Figueroas

Compartilhe

Mais no Gazeta Online