> >
Day McCarthy um ano após polêmicas: 'Pedi perdão a Deus'

Day McCarthy um ano após polêmicas: "Pedi perdão a Deus"

Socialite, que nasceu em Cariacica, falou com exclusividade ao Gazeta Online, também, sobre sua família no Espírito Santo

Publicado em 17 de setembro de 2018 às 15:24

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Day McCarthy: a capixaba que se casou com um americano rico e se envolveu em polêmicas com comentários sobre celebridades na internet. (Reprodução/Instagram)

Dayane Andrade é o nome de solteira de Day McCarthya socialite americana, casada com um grande empresário, que se envolveu em polêmica atrás de polêmica desde o fim do ano passado, começando com Titi, filha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, passando por Anitta e Rafinha Justus. Nascida em Cariacica, no Espírito Santo, ela hoje é sócia de um salão de beleza em Nova York, nos Estados Unidos, e uma padaria no Canadá. Também é escritora e possui uma empresa de web design.

Até chegar a Los Angeles, nos Estados Unidos, onde mora hoje, Day passou por Cariacica - onde nasceu -, para Presidente Kennedy e, mais tarde, para Rio das Ostras, litoral Norte do Rio de Janeiro. Em uma festa de réveillon despretensiosa em Búzios, conheceu o americano que passou a chamá-la de esposa. Junto da família, ele é dono da McCarthy Building Companies, Inc. - uma construtora cuja sede fica no Missouri.

Aos 29 anos, em entrevista exclusiva ao Gazeta Online, ela, que admite já ter sido garota de programa para se salvar da miséria, garante que pediu perdão a Deus pelos seus atos e que se arrepende de ter feito os vídeos em que chamava Titi de "macaca horrível". "Eu não deveria nem ter feito aquele vídeo", enfatizou.

Ela atendeu a reportagem em uma viagem recente que fez à Itália, onde participou de eventos com um amigo - o também brasileiro Rodrigo Alves, conhecido como "Ken humano".

É capixaba e morou no Espírito Santo por um tempo, certo?

Nasci e morei em Cariacica. Anos depois, fui com minha família para o interior de Presidente Kennedy. Depois, fomos eu e minha irmã, com nossa mãe, para Rio das Ostras, no Rio de Janeiro

Por quê?

Ah, a minha mãe queria mudar, queria ir para outro lugar... E ai escolhemos Rio das Ostras

Deixou irmãos por aqui?

Eu tenho alguns irmãos por parte de pai, com os quais não tenho contato. E a minha irmã. Mas não sou próxima de ninguém

E com sua mãe?

Também não falo com minha mãe. Ela abandonou eu e minha irmã quando a gente tinha 18 anos. Saímos de casa pela manhã (eu e minha irmã) e, quando voltamos, não tinha fogão, geladeira, móveis... Ela saiu com tudo sem falar nada. Aí, nós tivemos que contar com a ajuda dos vizinhos e eu fui trabalhar em um quiosque em Rio das Ostras. Ficamos morando lá por um tempo

E o seu pai?

Meu pai não foi o meu pai biológico. Eu fui registrada no nome do pai da minha irmã. Meu pai de verdade - eu não sei se ele não queria nada comigo ou com a minha mãe - fugiu, eu nunca o conheci. Não tenho nem ideia de quem seja

E como foi com o seu marido?

O conheci em Búzios, em uma festa de réveillon que fui passar lá. Ele é americano. Estava com duas amigas na festa e elas me disseram que ele não parava de me olhar. Nessa época, eu já tinha aprendido a falar inglês com filmes que assistia na TV. Então, conversei com ele, eu falava inglês fluentemente

Nessa época trabalhava como garota de programa?

Sim, é verdade. Eu fui garota de programa quando minha mãe me abandonou. Eu não tinha dinheiro, minha irmã estava comigo e estava grávida e eu não tinha o que fazer. Precisava de dinheiro. Mas, disso, eu tirei o meu estudo, também tive o meu marido que me ajudou e eu deixei de ser garota de programa. Eu ajudava muito a minha irmã, nunca deixei faltar nada. Mas eu só fazia programa em dólar e euro

E chegou a voltar ao Espírito Santo depois disso tudo?

Para o Espírito Santo não. Já voltei ao Brasil, claro, mas não para o Estado. Já fui ao carnaval de Salvador, a São Paulo e Porto de Galinhas, no Pernambuco

Sente saudade de algo daqui?

Eu não. Estados Unidos é um país em que tudo funciona, tudo é barato e, mesmo se você for manicure ou taxista, você tem sua casa própria e o carro do ano. Você não tem que se preocupar em sair na rua de iPhone ou deixar o carro aberto. É um país maravilhoso e eu conquistei muita coisa aqui

Não voltaria a falar com sua mãe?

Não. Minha mãe fez coisas comigo que eu nem estou preparada para falar. Ela teve um homem que era agressivo... Ainda são muitas coisas que eu tenho muita mágoa. Mas eu tenho amigos que fazem esses papéis familiares. Tenho uma amiga de 64 anos, aqui nos Estados Unidos, que é como se fosse minha mãe. Ela sempre me liga para saber como eu estou, a gente se encontra e ela se importa comigo

Você quis se desligar da sua família de propósito?

Não. Na verdade, com minha mãe, a história foi essa: de abandono, como eu falei. E ela é da roça, tem uma vida super simples, não tem celular... Já minha irmã, eu não falo porque ela me roubou. Virou as costas para mim quando eu mais precisei e só falava comigo para pedir dinheiro. Quando me envolvi naquela polêmica com a filha de Bruno Gagliasso e Gio Ewbank eu fiquei chateada porque ela foi me expor na internet

. (Reprodução/Instagram)

O que você esperava que ela fizesse?

Que ficasse neutra. Eu acho que ela não tinha que me defender, mas não acho que tinha que me atacar. Uma semana antes daquilo, ela tinha vindo pedir dinheiro para mim. A gente acabou discutindo porque eu falei umas coisas para ela... Eu a ajudei muito. Mandava dinheiro direto para ela, tenho todos os recibos. Mas eu avisei a ela. Ela teve quatro filhos com quatro homens diferentes. Eu não tinha como bancá-la o resto da vida. Falava que ela tinha que trabalhar, estudar... E os pais das crianças não ajudam. Então, chegou a um ponto em que eu cansei. Ela não me procurava para dar os parabéns, feliz aniversário, feliz ano novo... Só para dinheiro. Eu lutei muito, batalhei muito... Todos nós temos que lutar muito para vencer na vida. Não acho justo

E por que acha que ela fez isso?

Quando ela postou aquela foto, com uma montagem de uma foto minha ao lado dela com aquele "textão", eu pensei: está querendo aparecer. Nunca antes na história, ela tinha postado uma foto minha ou uma foto comigo. Aí, veio essa polêmica à tona e ela apareceu do nada. Deve ter mais de um ano que já não nos falamos

Você trabalha?

Sim, sou escritora. Também sou sócia de um salão, em Nova York, e de uma padaria, no Canadá. E tenho uma empresa de web design

Atualmente mora em Los Angeles, nos Estados Unidos. Como consegue administrar essas empresas em outro estado e país?

Sim. Consigo administrar tudo pela internet, eu fico de olho em tudo com o meu celular. Eu tenho uma equipe em cada lugar que trabalha comigo, mas eu também consigo fazer esse monitoramento

E tem alguma formação superior?

Me formei em Finanças pela George Washington University, em Washington DC. Depois, também, estudei em Harvard. Lá, fiquei por dois anos e não consegui terminar os estudos. Desisti

. (Reprodução/Instagram)

E foi assim que alcançou o poder aquisitivo que tem hoje?

Meu marido é muito rico. A família do meu marido é dona de uma construtora chamada McCarthy. Ele é um homem bem sucedido

E vocês continuam juntos?

No papel, eu sou casada, mas já não estamos mais morando juntos. Então, estou solteira (risos). Mas eu não estou de olho em ninguém, eu só fico de olho em homem loiro, mais no estilo europeu (risos). Mas eu só gosto de homem rico (risos)

E sobre as polêmicas, principalmente a que envolve a Titi... Você se arrepende?

Não, eu não me arrependo. Eu me arrependo só de o vídeo ter vazado (o de Titi, filha de Bruno Gagliasso e Gio Ewbank). Eu sou atacada constantemente nas minhas redes sociais. Falam do meu cabelo, do meu nariz... E esse grupinho que é racista comigo é o mesmo que elogia os outros nas mesmas redes sociais. Quando vi que o vídeo tinha vazado, tinham milhares de comentários no meu Instagram. Eu já tinha muitos seguidores antes disso, eu era popular. Logo depois do episódio, sai de todos os grupos nos quais fazia parte na internet e mudei o número do meu celular. Me retratei e pedi perdão a Deus. Eu tenho vários fãs que me adoram e que não me julgam. Nunca cheguei até um negro, uma trans ou um gay para ofender. Foi um erro meu. Eu não deveria nem ter feito aquele vídeo

E depois também tiveram polêmicas com Anitta...

Com a Anitta, eu briguei porque eu era muito fã dela. Entrei em contato com a produção dela para conhecê-la, numa das vezes que ela esteve nos Estados Unidos, e o encontro foi marcado. Eu viajei para o hotel combinado e, lá, ela cancelou tudo. Só que eu já estava lá, fiquei conhecendo a produção dela. Sai para jantar com eles e, de lá, fui para uma balada, a mesma que Anitta estava. Nesse meio tempo, eu tinha um vídeo em que ela aparecia usando drogas e a equipe dela ficou sabendo. Pediram para apagar e, quando ela ficou sabendo do vídeo, também ficou brava

Tudo que você fazia depois do episódio com Titi repercutiu muito. Você chegou a fazer comentários, como de Rafinha Justus, que viraram notícia. Faria tudo de novo?

Eu sou uma pessoa muito revoltada. Eu já falo o que eu penso mesmo. Eu tenho que me controlar mais no que eu falo... Eu sou uma pessoa nervosa. Agora, eu aprendi a me controlar mais um pouco. Aprendi que quando você é uma pessoa conhecida, não pode falar coisas que talvez possam ofender os outros. Mas eu não vou deixar de expor minha opinião, procuro me posicionar sem atingir ninguém. Acontece que a pessoa se ofende só pelo fato de eu ter uma opinião diferente da dela... Toda vez que gravo um vídeo, agora, me controlo. Fico com um freio na minha boca

. (Reprodução/Instagram)

Na época, Bruno Gagliasso chegou a prestar queixa à Polícia Civil. Até agora você foi intimada ou responde a algum processo?

Este vídeo pode te interessar

Eu não respondo a nenhum processo. As leis do Brasil não se aplicam nos Estados Unidos. Eu já tenho meu passaporte americano, não há nada que a Justiça brasileira possa fazer. Não há leis contra o racismo aqui nos Estados Unidos. E tudo o que eu falei no vídeo se encaixa como liberdade de expressão. Para me processar aqui, a pessoa tem que saber meu endereço para a embaixada mandar uma carta rogatória. Mas, mesmo que eu fosse depor no consulado, a Justiça americana não me obrigaria a pagar nenhuma pena porque, aqui, isso é considerado liberdade de expressão. Única forma de o governo brasileiro fazer alguma coisa seria no caso de eu matar ou sequestrar alguém no Brasil. Aí, eles poderiam pedir extravio. Mas casos simples assim não dão em nada. E eu não vou voltar para o Brasil, não pretendo. Já pedi desculpa e já me retratei quanto às polêmicas

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais