Mr. Catra foi enterrado nesta terça-feira (11), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, no Rio de Janeiro. Cantando funks do artista como "O simpático", cerca de 500 pessoas entre fãs, amigos, familiares e famosos prestaram suas últimas homenagens ao funkeiro.
Além dos funks, acompanhados por instrumentos de percussão, os presentes na despedida carioca entoaram canções do cenário gospel. DJ Marlboro, que descobriu o talento do cantor e o lançou, falou ao jornal Extra do início da carreira de Catra. "Na época, era Dr. Rocha e Mr. Catra. A primeira música que lançamos dele foi em 1995. Ele tinha uma personalidade ímpar. Ele assumia e era o que era. Tinha uma liberdade de ser o que queria ser. Isso era admirável. Ele se foi novo. Tinha muito para contribuir com o funk. Ele tinha um discurso de empoderamento, da forma dele, de como ele acreditava. As pessoas viam o Catra brincalhão, mas ele tinha algo de família, de generosidade, muito grande. Ele era autêntico, verdadeiro e generoso".
Doca, que fez parte da dupla Cidinho e Doca, Buchecha e Jojo Todynho foram outros funkeiros que compareceram no enterro de Catra. Romulo Costa, criador da Furacão 2000, falou ao Extra sobre a referência do cantor para outros artistas: "Ele vai deixar um legado e uma saudade muito grandes. Havia uma geração que se inspirava nele. Era nosso intelectual do funk. Em todas as brigas e em todas as guerras, se a discussão era o funk, ele estava lá para defender. Viveu intensamente os 49 anos de vida. Tem 30 filhos, dois adotados. Ele particiou do DVD da Furacão 2000 e vai deixar uma lembrança muito grande".
Mr. Catra foi diagnosticado com um câncer gástrico em 2017. O diagnóstico fez o cantor tentar eliminar o hábito de fumar e reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas. No último ano, o artista emagreceu mais de 30kg e, debilitado no último mês, não resistiu à doença. Doador de órgãos, Catra terá as córneas transplantadas para uma menina de 11 anos.
*Com informações do Extra
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