Silvia Nobre Waiãpi, de 42 anos, é uma das quatro mulheres que compõem a equipe de transição de Jair Bolsonaro, presidente eleito do Brasil. Segunda tenente, ela foi a primeira indígena a entrar no Exército e também tem um passado como atriz: já contracenou até com Cauã Reymond, na minissérie "Dois Irmãos", da Globo.
Antes disso, Silvia também já tinha dado o ar da graça em "Uga Uga", de 2000, onde ficou famosa como a Índia Crocoká, que tinha dentes pavorosos e protagonizava cenas de humor correndo atrás do personagem de Marcos Pasquim.
Em entrevista a Jô Soares em 2012, Silvia destacou que aos 3 anos foi adotada e aos 7 começou a frequentar a escola.
HISTÓRIA
Segundo o jornal Extra, aos 13 anos, Silvia teve uma filha. Antes disso, quase morreu ao ter o abdômen perfurado por um pedaço de madeira na floresta em que vivia. Aos 14, ela fugiu da aldeia e foi parar no Rio de Janeiro. Ficou dois meses morando na rua e passou fome até vender uma pedra que trazia de sua tribo. Só tinha aquilo de valor. Uma pedra que peguei no fundo do rio e tomei como um amuleto. Eu acreditava que ela tinha poderes mágicos e a vendi assim. Com o dinheiro consegui comer por duas semanas, recorda.
Silvia contou a Jô Soares que se foi capaz de vender uma pedra, poderia vender qualquer coisa. Um camelô arrumou um lugar para ela morar, ela saiu vendendo livros e revistas velhos até conseguir emprego no Círculo do Livro. Foi lá que a incentivaram a estudar artes.
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