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Modelo que morreu na SPFW tinha forte ligação com o Espírito Santo

Modelo que morreu na SPFW tinha forte ligação com o Espírito Santo

A mãe de Tales Cotta, 26, Heloísa Cotta, assistia ao desfile no momento e achou que o filho tivesse tropeçado na passarela

Publicado em 28 de abril de 2019 às 16:32

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Meu coração está destruído. Que falta esse menino vai fazer no mundo! Sua força e alegria de viver eram maravilhosas

Gustavo Alves, um dos melhores amigos
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O modelo Tales Cotta na Ilha do Frade, em Vitória. (Instagram/@tales.cotta)

O modelo Tales Cotta, 26, que morreu após sofrer um mal súbito na passarela da São Paulo Fashion Week, morou durante seis anos no Espírito Santo. Natural de Manhuaçu, Minas Gerais, é formado em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), onde iniciou os estudos em 2012. A família e os amigos lembram da energia, disposição e engajamento de Tales nas lutas sociais. O modelo, que morava em São Paulo desde 2017, vinha sempre ao Estado para rever os amigos. Na semana que vem, inclusive, viria ao Espírito Santo.

A reportagem do Gazeta Online entrou em contato com a mãe dele, Heloísa Cotta, que contou que assistia ao desfile no momento e achou que o filho tivesse tropeçado na passarela. "Eu vi que ele passou e não voltou. Conheço meu filho e sei que, se fosse uma queda, ele levantaria. No fim, vi que ele não estava na fila e me preocupei", relata. A notícia do falecimento foi dada aos familiares pelo diretor da Agência Base MGT, Rogério Mendes. A causa da morte ainda é indeterminada, pois o resultado oficial sai apenas daqui a 60 dias, informa a mãe. 

Era a segunda vez que Tales desfilava na SPFW. "Ele estava super feliz. Nos falamos 40 minutos antes. Tinha se alimentado super bem", diz. Na próxima semana, o modelo viria ao Espírito Santo. "Ele me chamou para ir com ele. Adorava Vitória e falava da cidade sempre com carinho", relata. Durante a graduação, Tales morou em repúblicas em Vitória, próximas à universidade. "Eu sempre passava férias com ele. Ia também em alguns feriados, finais de semana. Em Vitória, ele sempre andava de bicicleta", relembra a mãe. O pai e a avó de Tales vivem no Espírito Santo.

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Sempre sabíamos o que o outro estava fazendo. Sentirei falta das nossas conversas

Heloísa Cotta, mãe de Tales
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Para a mãe, a saudade que fica é do companheirismo do filho. Os dois trocavam mensagens durante todo o dia. "Sempre tivemos muita liberdade e diálogo. Ele amava capoeira, praia, esportes. Sentirei falta de nossas conversas", afirma. É a segunda perda na família de Tales, diz a mãe, que perdeu o filho mais velho há 12 anos. "Ele era meu caçula. Éramos muito amigos", afirma.

AMOR AO ESPÍRITO SANTO

Um dos melhores amigos de Tales, o professor de Educação Física Gustavo Alves relembra as vindas do amigo ao Estado. As praias da Ilha do Boi, do Frade, Curva da Jurema, em Vitória, e Itapõa, Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha, eram destinos certos do modelo. "É difícil achar alguém que que não tenha fotos com ele nas praias daqui", diz Gustavo. 

Outro lugar que Tales gostava de frequentar era a Praia de Camburi, em Vitória. "Ele adorava os forrós na praia. À noite, gostava de ir na Rua da Lama e em bares da Capital. Na graduação, viveu nesse meio, então gostava bastante", afirma Gustavo. O último ano novo do modelo foi, inclusive, em terras capixabas. 

LUTA SOCIAL

Durante a graduação, Tales, junto com o amigo, foi um dos membros do Diretório Acadêmico da Ufes, fez parte do movimento estudantil, além de ter sido coordenador da Executiva Nacional de Estudantes de Educação Física. "Fazíamos trabalhos juntos. O encontro nacional ocorreu na Ufes, em 2013, e nós organizamos juntos. Viajamos o Brasil", relembra o amigo, emocionado. 

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Meu coração está destruído. Que falta esse menino vai fazer no mundo! Sua força e alegria de viver eram maravilhosas

Gustavo Alves, um dos melhores amigos
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A inquietude, alegria e energia de Tales são as características que Gustavo vai lembrar para sempre. "Ele tinha brilho, luz, energia. Era uma pessoa de alta sensibilidade. Espalhava amor por onde passava. Era guerreiro nas causas sociais", afirma o amigo. 

ENTERRO

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Gustavo e outros 14 amigos sairão de Laranjeiras, na Serra, nesta segunda-feira (29), às 6 horas, para Manhuaçu, Minas Gerais, onde será o enterro, às 17 horas. O velório acontece na capela do Hospital César Leite, na mesma cidade.

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