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Peroá pra que te quero: peixe ainda é o queridinho à beira-mar

Peroá pra que te quero: peixe ainda é o queridinho à beira-mar

Ainda que o peixe esteja no topo dos pedidos em restaurantes à beira-mar, a carne começa a ganhar espaço no mesmo ambiente

Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 21:24

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A médica veterinária Andreza Araújo, de 35 anos, foi com a família degustar uma picanha completa na Curva da Jurema. (Pedro Permuy)

Ele não é a Anitta, mas também encabeça um ranking: estamos falando do peroá. O hit gastronômico dos quiosques e restaurantes à beira-mar de Vitória e Vila Velha nunca sai de moda e vem em porções que servem até cinco pessoas.

Na Praia da Costa, em Vila Velha, a neuro psicopedagoga Vanessa Cavalcante, de 48 anos, aproveitava um peroá frito com a amiga Rosileia Soares, de 55 anos, quando foi abordada pela reportagem. Junto do peixe, elas pediram banana frita e camarão. “Para mim é isso o que vai bombar sempre. É do que eu mais gosto”, dispara Rosileia.

Para ela, na praia, não tem como fugir desse tradicional cardápio. “No máximo uma porção diferente. Como costumo sair bastante para ir à praia com minha família, também, às vezes peço uma batata frita ou alguma porção para o meu filho e o meu marido", explica Vanessa. Mas ela também aposta no peroá como prato mais popular deste verão.

No quiosque Tropical, onde a dupla se fartava com o quitute, o peroá frito pode variar de R$ 37 a R$ 100 – o maior serve (bem) até cinco pessoas.

“É o que mais sai, não tem jeito. O peroá frito é o comandante”, brinca a gerente do quiosque, Sabrina Batista. O peixe, segundo ela, pode ser servido com banana frita e arroz por preços que variam de R$ 37 a R$ 100, servindo até cinco pessoas.

As amigas Vanessa e Rosileia pedem peroá frito, com camarão, sempre que vão à praia. (Pedro Permuy)

 

FRUTOS DO MAR

A médica Isabel Carvalho, de 43 anos, foi com a família ao Quiosque do Alemão, tradicional reduto gastronômico à beira-mar, na Curva da Jurema, em Vitória, e apostou no arroz de bacalhau e na mariscada para o almoço – frutos do mar, sim, mas que fogem dos tradicionais moqueca e do “rei” peroá.

Moradora de Vila Velha, sempre que vem à Capital ela aproveita para degustar um bom almoço com a vista da baía de Vitória.

A médica Isabel Carnavlho, de 43 anos, foi com a família almoçar na Curva da Jurema e pediu mariscada e arroz de bacalhau. (Pedro Permuy)

Saindo por R$ 84,90 (para quatro pessoas), a mariscada leva sururu, anéis de lula, camarão e siri – uma alternativa leve, mas que satisfaz, como explica a gerente do quiosque do Alemão, Andrea Brito.

De acordo com a gerente, ainda assim o carro chefe do quiosque é o arroz de polvo. "Ele leva o arroz e o polvo, é claro, e ainda camarão e brócolis. A combinação também fica muito boa para quem não quer pesar na refeição", diz. Andrea conclui que esse prato também sai por R$ 84,90 e serve até quatro pessoas.

Sabrina Batista, de 31 anos, é gerente do quiosque Tropical, na Praia da Costa. (Pedro Permuy)

O proprietário do quiosque Moqueca, na Praia de Camburi, em Vitória, Gilson Silveira, garante que o chamado mexido do mar, que leva arroz, sururu, polvo, lula, siri e camarão e sai por R$ 39,90, servindo até duas pessoas. “O peroá com batata frita, banana, camarão e salada também sai bastante e serve três pessoas por R$ 79”, diz.

 

Andrea Brito, de 39 anos, é gerente do quiosque do Alemão, na Curva da Jurema. (Pedro Permuy)
Gilson Silveira, de 47 anos, é proprietário do quiosque Moqueca, na Orla de Camburi. (Pedro Permuy)

CAMARÃO GOURMET

Não é possível que você nunca tenha visto uma foto em alguma rede social daquele belo (e delicioso!) camarão no coco. Aliás, o camarão, e tudo o que pode ser feito com ele, também faz sucesso neste verão.

Quem garante é o proprietário do bar e restaurante Caranguejo do Assis. “Um dos pratos mais pedidos é o camarão ao vinagrete, que serve duas pessoas. Quem também está no topo é a puã de siri ao vinagrete. Uma porção dessas, por exemplo, vem com 20 puãs”, detalha.

Em versão tropical, o camarão também ganha ares refrescantes. “Ele é preparado com um molho à base de ervas, além de coco”, completa. Também não fica de fora dos mais pedidos o caranguejo que dá nome à casa – um kit com cinco sai por R$ 35. “50% dos pedidos de comida no quiosque que está em Camburi é de caranguejo”, revela.

Resumindo: o bom e velho peroá se mantém na lista dos mais pedidos, mas começa a perder espaço pra outros frutos do mar e até mesmo para carnes vermelhas, em refeições mais pesadas.

CARNES VERMELHAS

O peroá, o caranguejo e os frutos do mar em geral são os campeões de pedidos nos quiosques e restaurantes à beira-mar. Mas os tempos estão mudando, assim como os cardápios, que já trazem diversas opções como carne vermelha.

Andrea Brito, gerente do quiosque do Alemão, na Curva da Jurema, aponta que as opções de carne vermelha têm sido bem pedidas. A que mais sai, segundo ela, é a carne de sol com guarnições.

“Além da carne de sol, servimos batata frita e farofa. Boa opção para quem não quer abrir mão da carne vermelha”, avalia Andrea.

É por lá, na Curva, que pratos com carnes vermelhas mais “robustas” estão fazendo sucesso – mesmo que elas raramente sejam protagonistas da época.

A médica veterinária Andreza Araújo, de 35 anos, é uma das que apreciava uma boa carne vermelha no quiosque Braseiro da Ilha. Ela e a família optaram por uma bela picanha que serviu ela, o marido e o filho. A carne sai por R$ 149,90, acompanhada de feijão tropeiro, arroz e batata frita – o prato serve até 5 pessoas.

“Apesar de eu não ser a maior consumidora de carne, é bom variar às vezes. Moro em Vila Velha e sempre que venho para os lados de cá e tenho oportunidade, tento comer alguma coisa diferente”, explica.

Para ela, ainda assim, é o peixe que combina com a estação. “Inclusive é o que eu mais como em qualquer época”, frisa. Andreza, que não esperava ver tanto movimento na praia em um dia de semana, diz que a opção pela carne vermelha no dia em que foi abordada foi pela reportagem foi por um motivo simples: “porque deu vontade”.

“Fiquei surpresa com o movimento (da praia). Mesmo que seja época de férias e que tenham muitos turistas, acho que está bem movimentado”, conclui.

O proprietário do quiosque Moqueca, um dos que tem ocupado a Praia de Camburi no verão, garante que, por lá, quem tem roubado o espaço dos mariscos é a suculenta picanha.

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“O pessoal está alternando bastante (entre carne vermelha e frutos do mar), mas o peixe ainda ganha”, ressalva.

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