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Novo secretário de Esportes do ES promete gestão 'pautada em resultados'

Novo secretário de Esportes do ES promete gestão "pautada em resultados"

Em entrevista ao Gazeta Online, José Maria de Abreu Junior afirma que, embora seja a primeira vez que lida com esportes, sua experiência em gestão pública fará a diferença

Publicado em 18 de janeiro de 2019 às 00:07

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José Maria de Abreu Junior é o novo secretário estadual de Esportes. (Sesport/Divulgação)

Auditor fiscal de carreira e especialista em Planejamento e Gerência de Operações, o novo secretário estadual de Esportes, José Maria de Abreu Junior (PDT), se depara pela primeira vez com um cargo diretamente ligado ao desenvolvimento de políticas de fomento às mais variadas modalidades esportivas. Mas ele garante que a pouca intimidade no setor será compensada com a experiência na administração pública.

"Eu entendo que eu tenho que conhecer de gestão. Se eu entendo de gestão e com uma equipe técnica específica nessa área, consigo fazer uma gestão qualificada. Se eu não entender, posso ter todo o conhecimento na área, mas não vou fazer uma boa gestão”, pontuou, em entrevista ao Gazeta Online nesta quinta-feira (17). "A minha gestão vai ser pautada em resultados", prometeu.

À frente da pasta há apenas um dia, Junior Abreu ainda está dando início ao planejamento de suas ações. Ele foi convidado a comandar a Secretaria pelo governador Renato Casagrande (PSB) por indicação expressa do presidente do PDT, o deputado Sérgio Vidigal.

A cadeira já estava garantida à sigla aliada do governador há tempos, seguindo o tradicional rodízio de indicações políticas que dominam a pasta ao longo das gestões. Desta vez, ela seria assumida pelo deputado Marcelo Santos (PDT), que desistiu da função após o deputado Luiz Durão, que seria seu suplente, ter sido preso acusado de estupro.

José Maria Abreu é membro do PDT há cerca de 30 anos, com exceção de um hiato iniciado em 2015, quando migrou para o PSDB. Seu nome ainda consta na lista de filiados tucanos, mas ele garante que em outubro de 2018 retornou à sigla inicial. Em entrevista, o secretário afirma que dará seguimento aos programas já estabelecidos na área do Esporte, mas pretende criar outros programas e investir em parcerias público-privadas para alavancar o setor. Confira:

Qual é sua experiência na área de esportes?

Eu sou formado em Administração, pós-graduado e tenho mais de 20 anos de experiência em gestão pública. Assumi o Idaf até o final do ano passado. Eu entendo que eu tenho que conhecer de gestão. Se eu entendo de gestão e com uma equipe técnica específica nessa área, consigo fazer uma gestão qualificada. Se eu não entender, posso ter todo o conhecimento na área, mas não vou fazer uma boa gestão. 

O senhor já teve tempo de conhecer os projetos em andamento?

A primeira coisa que fizemos hoje foi começar a fazer o planejamento das nossas ações. Não adianta eu querer chegar num lugar sem nem saber onde estou. A Sesport tem um leque grande de ações. Já existem programas que são de rotina na secretaria, como Bolsa Atleta, Campeões do Futuro, e vamos dar continuidade e ampliar esses programas. Vamos trabalhar para poder criar outras ações. É importante ter parcerias público-privadas, pois estamos num momento complexo da economia. A ideia é fazer como fiz no Idaf, dialogar com as federações. Ouvir as pessoas. Aquele tempo em que o Estado fala e as pessoas obedecem já passou. Não podemos achar que o futebol é o único que existe, há vários esportes que precisam de apoio e vamos dar. A gestão privada gera lucro e resultados, a pública não gera lucra, mas precisa gerar resultados.

Como ampliar as ações com pouco dinheiro, tendo em vista a situação atual do país?

É na dificuldade que a gente cresce. Fui secretário de Fazenda da Serra e de Aracruz em momentos críticos, onde temos que buscar o diferente. Quando o dinheiro sobra as pessoas têm dificuldade de pensar. Vamos buscar outras formas, parcerias, não vamos ficar somente ligado exclusivamente ao recurso público. Mesmo assim, o governador vai conseguir ajudar a gente, vai nos ajudar a concluir o Kleber Andrade, que pode servir para outras ações.

E quanto à parceria com o programa Estado Presente?

Estamos marcando agenda com o secretário de Segurança para tratarmos dessa parceria. Eu acho que tem tudo a ver. O esporte é um instrumento de inclusão social Num país com tantas desigualdades, ele tem o poder de mudar a vida das pessoas, até para afastar as pessoas do caminho da droga, da violência.

Eu sou um dos fundadores do PDT no Espírito Santo. Em 2015 me filiei ao PSDB, mas voltei pro PDT em outubro de 2018. Eu sou filiado ao partido há mais de 30 anos, mas nunca nem exerci e nem fui candidato a mandato eletivo. Trabalho muito mais na gestão do que na política.

Por que o senhor deixou o PDT?

Naquele momento eu fui chamado para dar consultorias a prefeitos, acabei mudando de partido. Naquele momento eu não queria nem me filiar a partido nenhum. Não houve questão pontual, determinante para que eu saísse. Eu estava querendo oxigenar um pouco. Minha relação com Vidigal é amistosa. Eu fui secretário de Finanças quando ele foi prefeito da Serra. A relação é realmente boa.

Como foi a negociação de Vidigal com o governador?

Eu não sei te falar os meandros da conversa. Eu estava no interior ontem e recebi a ligação do Casagrande querendo conversar comigo. No final da tarde fui ao Palácio Anchieta, ele disse que precisava que eu pudesse compor a equipe de governo dele. Ele disse que queria avançar na Secretaria de esportes e que meu passado e conhecimento de gestão me habilitavam a assumir esse cargo. Como eu não sou político de mandato, vejo as coisas com tranquilidade. Foi uma conversa mais técnica do que com a questão política enraizada.

Como o senhor resume sua proposta de gestão?

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A minha gestão vai ser pautada em resultados. Vamos trabalhar a política estadual de esporte e lazer, ampliar as parcerias e investir no esporte como instrumento de inclusão social.

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