O cobrador do sistema de ônibus municipal Alexandro da Conceição Santos, 36 anos, é um dos profissionais que não vão ter descanso durante o jogo de estreia do Brasil na Copa da Rússia, que acontece no domingo, contra a Suíça, a partir das 15 horas.

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Alexandro vai trabalhar para atender possíveis passageiros. “Gosto de acompanhar os jogos quando posso, mas como estarei na rua não será possível. Talvez eu consigo ver o final da partida”, diz.

O cobrador já trabalhou em dias de jogos da Seleção em Mundiais passados em 2006, 2010 e 2014. O sufoco é sempre para saber o resultado, mas, se estiver Brasil estiver ganhando, o desejo por acompanhar ao vivo aperta. “A gente fica muito curioso para saber”, comenta.

HOSPITAL

O próximo domingo será o primeiro dia de jogo da Seleção com trabalho para o motorista de ônibus Laércio Santos da Vitória, 51 anos. Porém, ele acredita que pode ter uma folguinha a partir das 14 horas. “Gosto da Copa, mas como estou na escala não tem jeito. Devo parar às 14 horas. Acho que dá para assistir o jogo no ponto final, ou correr para casa”, diz Laércio.

No mesmo dia, o médico traumatologista Bernardo Terra, de 35 anos, estará de sobreaviso do hospital em que trabalha, podendo ser chamado para uma eventual emergência. Seus próximos plantões ainda estão indefinidos, mas as consultas e cirurgias marcadas têm que ser mantidas, inclusive em dia de jogo. O Brasil volta a campo no dia 22, sexta-feira que vem, às 9h, e no dia 27, próxima quarta-feira, às 15h.

Se o plantão cair quando tem jogo será uma surpresa. E pode ser que tenha uma operação ou um paciente marcado. Isso é inerente à profissão”, relata o médico.

Os serviços de saúde não podem parar. Bernardo destaca que durante os jogos o movimento no hospital é pouco, mas no pronto-socorro podem chegar vítimas de acidentes de trânsito, por exemplo. “Normalmente o movimento começa depois”, explica.

Sullivan Silva

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Repórter Multimídia