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França é líder e Dinamarca avança: o chato empate com vaias no Lujniki

Franceses poupam vários titulares e garantem o primeiro lugar do Grupo C com empate sem gols que também classifica a Dinamarca. Times pouco agrediram e ouviram vaias

Publicado em 26/06/2018 às 13h11
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Atualizado em 26/06/2018 às 13h17

Ficou ótimo para as duas, nem tanto para as torcidas que vaiaram o excesso de toques sem objetividade no fim do jogo em Moscou e protestaram ainda com mais força ao apito final. Dinamarca e França, com pouca agressividade, empataram em 0 a 0 nesta terça, no estádio Lujniki, e são as classificadas do Grupo C para as oitavas de final da Copa do Mundo. É o único jogo sem gols do torneio até aqui. Os franceses pouparam jogadores e cumpriram a meta de ficar em primeiro, com sete pontos. Os dinamarqueses, com cinco, poderiam até perder por conta da vitória do Peru sobre a Austrália. É improvável que a Croácia não seja líder do Grupo D, e deve encarar a Dinamarca. A França pode pegar Argentina, Nigéria ou Islândia. A outra chave será decidida nesta terça.

França e Dinamarca empataram em 0 a 0
França e Dinamarca empataram em 0 a 0

 

 

Mistão da França

Didier Deschamps cumpriu o que havia prometido e deixou vários titulares no banco de reservas, a começar pelo goleiro Lloris. Pavard, Umtiti, Matuidi, Pogba e Mbappe foram outros que não começaram, dando chances a nomes como Mandanda, Sidibe, Kimpembe, Nzonzi, Lemar e Dembele. A França entrou em campo classificada, precisando só empatar para ficar em primeiro lugar.

Só um lampejo

Braithwaite, titular pelo lado ofensivo direito da Dinamarca, começou colocando correria na defesa francesa, com boas jogadas e passes. Durou muito pouco. Nem França e nem Dinamarca mostraram agressividade. Os franceses chutaram a primeira bola a gol com 15 minutos, na única boa defesa de Schmeichel no primeiro tempo. Parecia que os times já estavam sabendo do gol do Peru logo aos 17 na partida simultânea, contra a Austrália.

'Boring game!'

Um jornalista brasileiro na tribuna de imprensa do Lujniki soltou, na metade da primeira etapa, um "que jogo chato hein". Minutos depois, foi a vez de outro, da Estônia, disparar um "boring game!". Em qualquer idioma, eles estavam certos. Eriksen, o craque da Dinamarca, mais tocava de lado do que procurava criar. A França, com jogadores acima da média entre titulares e reservas, já não prima pelo jogo coletivo quando está completa, imagine com as mudanças e sem aquela vontade de buscar a vitória, para escrever o português claro.

Arbitragem brasileira

Sandro Meira Ricci irritou os dinamarqueses em várias marcações, mas teve arbitragem sem grandes polêmicas. Chamou atenção um lance que levantou o estádio no fim do primeiro tempo: Griezmann saiu da defesa após escanteio da Dinamarca em bela arrancada e sofreu falta na intermediária de ataque, rendendo justo cartão amarelo a Jorgensen. A França se preparou para colocar a bola na área na cobrança, mas Ricci encerrou a primeira etapa. A reação da torcida, que esperava por alguma emoção, foi vaiar. Pô, Ricci!

Bom para as duas

Age Hareide, técnico da Dinamarca, revelou antes do jogo que um de seus auxiliares estaria em Austrália x Peru e informação do andamento do jogo viria a Tomasson, seu auxiliar no bando de reservas, no intervalo. Hareide disse que a decisão de informar o time ou não seria dele. Parece ter informado. A Dinamarca voltou do intervalo um pouco mais solta, mesmo ainda com qualidade baixa ofensiva. O fato é que logo no começo do segundo tempo o Peru fez 2 a 0 na Austrália e ali a vaga dinamarquesa estava garantida. A França claramente jogou para se poupar, empatar e ficar em primeiro. Conseguiu. Os 78.011 presentes no Lujniki ficaram mesmo ser ver gols e muitos deles vaiaram o toque de bola sem objetividade dos dois times nos dez minutos finais.

FICHA TÉCNICA

DINAMARCA 0 X 0 FRANÇA

Local: Lujniki, em Moscou (RUS)

Árbitro: Sandro Meira Ricci (Fifa/BRA)

Público: 78.011 presentes

DINAMARCA: Schmeichel; Larsen, Kjaer, Christensen, Dalsgaard; Delaney (Lerager), M. Jørgensen; Braithwaite, Eriksen, Sisto (Fischer); Cornelius (Dolber). Técnico: Age Hareide.

FRANÇA: Mandada; Sidibé, Varane, Kimpembe e Lucas Hernández (Mendy); Kanté, N'Zonzi, Dembélé (Mbappé), Griezmann (Fekir) e Lemar; Giroud. Técnico: Didier Deschamps.

Fonte: Lance

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