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Richarlison: 'Temos obrigação de ganhar e honrar a camisa da Seleção'

Richarlison: "Temos obrigação de ganhar e honrar a camisa da Seleção"

Após convocação para Copa América, atacante capixaba revelou as expectativas sobre o futuro e garantiu que irá brigar pela artilharia da Seleção Brasileira

Publicado em 17 de maio de 2019 às 21:40

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Agora não há dúvidas: o Espírito Santo estará muito bem representado na Copa América 2019. Último nome chamado pelo Tite na convocação desta sexta-feira (17), Richarlison estava com familiares e amigos na casa dos avós, em Nova Venécia, cidade onde nasceu, quando recebeu a notícia que vestirá a amarelinha pela primeira vez em um torneio oficial.

Atual jogador do Everton (ING), Richarlison marcou 13 gols na última temporada europeia e aparece como um dos artilheiros no período pós Copa do Mundo, com três gols marcados pela Seleção Brasileira. Somente ele e outros seis jogadores foram convocados para todos os amistosos disputados pela Canarinho desde o mundial.

No torneio que acontecerá entre os dias 14 de junho e 7 julho, o Brasil está no Grupo A, com Bolívia, Venezuela e Peru. A Copa América será disputada em cinco estados – e estádios – brasileiros. Exatamente uma semana depois de completar 22 anos e há um mês da estreia, Richarlison compartilhou o que espera do torneio, em entrevista exclusiva ao Gazeta Online.

Você foi o último da lista de convocados do Tite. Como foi aguardar por essa confirmação?

Fiquei muito nervoso, até olhei para o lado quando chegou ao 22º nome e eu ainda não havia sido chamado. Mesmo assim, sempre sonhei com esse momento. Agora, é continuar focado, chegar bem na Seleção e representar o meu estado e a minha cidade.

O que você sentiu no momento em que seu nome foi anunciado?

A emoção foi muito grande. Quando falamos de Seleção Brasileira, estamos falando do lugar onde milhões de jogadores gostariam de chegar. Sou muito privilegiado. Hoje, sou o cara mais feliz do mundo!

Você já tinha sido convocado para jogar amistosos pela Seleção, mas dessa vez é para um torneio oficial. A sensação é outra?

Ah, é diferente, é uma emoção maior. Eu ficava ansioso para a convocação de amistosos, mas hoje foi o dia em que mais fiquei ansioso. Estou muito feliz!

A lista dos atacantes era apontada como uma das mais incertas dessa convocação. Você acredita que será titular na Copa América?

Tudo é trabalho. Vamos chegar lá e trabalhar. Na Seleção tem grandes jogadores, de todos os principais clubes do mundo. Vou continuar trabalhando e fazendo tudo como antes. Sei da dificuldade, mas vou buscar minha titularidade dentro da equipe.

A Seleção Brasileira tem a obrigação de vencer a Copa América, já que a competição acontecerá por aqui?

O Brasil sempre tem obrigação de ganhar, porque só a gente tem as cinco estrelas. Seja na Copa do Mundo, na Copa América, ou em amistosos, a gente tem que horar a camisa da Seleção. Sempre! Vamos mostrar nosso futebol e tudo vai dar certo para nós.

O Brasil está em grupo junto com as seleções da Bolívia, Venezuela e Peru. Qual jogo você acha que será o mais complicado?

Todos os jogos vão ser difíceis, porque vamos jogar em casa e os adversários vão querer mostrar serviço. Precisamos estar focados. O Tite também conversa bastante; com certeza, ele terá todos os esquemas certinhos para a gente estudar os rivais e conseguir vencer.

Jogar em casa tem vantagens e desvantagens. Como você avalia o cenário para esses jogos que vão acontecer?

Tem pressão, mas tem apoio também. Um pouco de tudo, né?! Mas acho que vai correr tudo bem, porque a torcida brasileira incentiva muito. Vai ser ótimo jogar aqui no Brasil.

A final da Copa América está prevista para acontecer no Maracanã, estádio que você jogou várias vezes enquanto atuava pelo Fluminense. Se o Brasil chegar à final e você entrar em campo, será um sentimento especial?

Com certeza será uma emoção grande! O Maracanã é uma das minhas casas, estou acostumado a jogar lá e já sei o caminho do gol. Além da presença da torcida fluminense, que me acompanha bastante e, certamente, se formos para a final, estará presente no estádio. Vamos dar o nosso melhor para levar essa alegria a todos os torcedores brasileiros.

Se pudesse escolher o confronto decisivo, qual seria?

Não sei… O importante é o Brasil chegar na final, mas se for contra a Argentina seria ainda melhor.

Até o início dos treinamentos da Granja Comary, você ainda terá alguns dias de folga. Pretende ficar em Nova Venécia neste período?

Eu quero ficar mais alguns dias na minha cidade, mas também vou para o Rio cumprir com algumas agendas, como entrevistas e programas. O importante é continuar focado, por isso também farei um trabalho físico na praia e na academia, para chegar bem à Seleção. 

Richarlison comemora em Nova Venécia convocação para Seleção Brasileira. (Arquivo Pessoal)

Tem algo que você queria muito fazer nesse período em que estaria aqui no Brasil?

Eu estava com mais saudade da minha família e dos meus amigos, mesmo. Foi um ano longe deles. Nunca tinha passado tanto tempo fora. Assim que cheguei aqui, já abracei todo mundo. Foi só felicidade.

Antes do início da Copa América, vocês terão cerca de 25 dias de treinamento. Esse período de preparação aumenta ou diminui a ansiedade para o torneio?

Esse tempo ajuda a acalmar, porque já estarei fazendo o que mais gosto, que é jogar futebol, brincar com a bola. Então, acho que esse momento facilita o caminho até a Copa América. Vamos trabalhar duro para poder chegar à competição e arrebentar. A parte mais ansiosa, com certeza, foi hoje (risos).

Você tem alguma superstição ou algo que tenha o costume de fazer antes dos jogos?

Eu sempre entro com o pé direito. Também peço para que ninguém saia machucado e que possamos fazer o nosso melhor dentro de campo. Só isso.

Há duas temporadas você joga na Europa, longe da família. Dessa vez, os parentes vão conseguir assistir aos jogos nos estádios?

Acho que sim. Como as partidas vão acontecer em estados diferentes, acaba dificultando um pouco, mas acho que vai dar para levar, sim.

A que você atribui a sua convocação para os amistosos e, principalmente, para a Copa América?

Acho que não senti o peso da camisa quando cheguei à Seleção. Joguei como se estivesse no meu clube. Fiz o meu melhor e, graças a Deus, o Tite gostou. Agora é dar sequência ao trabalho, porque quero jogar a Copa América, a Copa do Mundo e todas as competições possíveis pela Seleção.

Na Seleção, você já jogou com a camisa 9, 18, 7, 21… Tem alguma que você prefere?

O importante é vestir a camisa da Seleção. O número eu deixo para o Tite escolher. Não ligo para isso. O que importa é estar lá, como titular ou reserva, ajudando a equipe da maneira que for.

Ao lado do Neymar, você é o artilheiro da Seleção Brasileira nesse período pós Copa do Mundo. Vai conseguir manter esse título na Copa América?

Ah, espero que sim! (risos) Vou buscar sempre a artilharia, principalmente da Seleção Brasileira. Espero conseguir fazer muitos gols.

Para quem você pretende dedicar o primeiro gol na competição?

O primeiro será para a minha bisavó, porque ela é uma pessoa muito querida, e ainda sente a falta do meu bisavô, que faleceu. Vou dedicar para ela ficar mais feliz.

E vai ter a dança do pombo para comemorar?

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(risos) Pretendo fazer a dança do pombo, sim. Afinal, já é uma marca registrada minha.

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