Que o nível da arbitragem brasileira é ruim não chega a ser nenhuma novidade, mas a introdução do árbitro de vídeo, o popular VAR, escancarou como os assopradores de apito precisam ser urgentemente profissionalizados (os bandeirinhas também). Com quase um turno de Campeonato Brasileiro, a cada rodada fica constatado a necessidade de se repensar a formação dos responsáveis pela condução dos jogos.
A não marcação do pênalti escandaloso cometido pelo goleiro Tiago Volpi, do São Paulo, em Felippe Cardoso, do Ceará, é daqueles lances onde não se entende como foi ignorado pela arbitragem. Antes do VAR, embora ainda possa parecer absurdo tamanho a clareza da jogada, existia a prerrogativa de que o juiz pudesse estar com a visão encoberta. Ainda assim, o bandeirinha tinha visão lateral suficiente para observar e sinalizar ao juiz. Mas agora existe o VAR... e que fique claro, a tecnologia não tem culpa de nada, o erro está na maneira como é operada e por quem está à frente dela.
Não dá para entender como um pênalti clamoroso e tão cristalino passou batido. Dá margem até para o torcedor pensar em favorecimento a time A ou B, mas na verdade é uma completa ruindade. Lamentavelmente, com o VAR, nossos árbitros estão enxergando demais o que não devem, causando confusão em quem está no estádio e assiste pela televisão, e ignorando bizarramente lances que nem interpretativos são.
VEJA O LANCE
E que fique claro que cito essa jogada, especificamente, por ter sido a de maior repercussão na rodada do final de semana. Poderia citar aqui ainda o pênalti não marcado em Ganso, do Fluminense, não tão claro como o do jogo entre São Paulo e Ceará, mas também fácil de ser revisado e notado o erro inicial.
Apenas para ficar claro: erro sempre existiu e seguirá existindo no futebol, mas com o VAR jogadas tão evidentes não podem passar batidas. O ponto chave dessa questão não é nem a não marcação do fato, pois o que prevalece no futebol é a opinião do juiz de campo. O que mais incomoda é a não revisão ou o árbitro sequer ir checar o lance. Parece até que existe uma birra entre os juiz do campo e o que está à frente do monitor, um querendo se sobressair sobre o outro.
É até certo ponto aceitável que se comentam algumas falhas, pois o sistema é relativamente recente no Brasil, entretanto há erros e erros. Os que estão acontecendo não podem mais acontecer. Influenciam diretamente nos resultados e na classificação.
Melhorem, caso contrário a "VARgonha" será ainda maior. Os responsáveis pela gestão da arbitragem também precisam pôr a cara à tapa. Não dá para ser omisso, mais uma vez, diante dessa bizarrice.
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