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Quase R$ 1,5 milhão: Serra de bolso cheio depois da Copa do Brasil

Quase R$ 1,5 milhão: Serra de bolso cheio depois da Copa do Brasil

Tricolor lucrou com cotas de participação, patrocínios na camisa e a venda dos direitos comerciais do jogo contra o Vasco

Publicado em 22 de fevereiro de 2019 às 14:27

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O Serra chegou à segunda fase da Copa do Brasil. (Renan Moreira/Divulgação)

Mesmo com a derrota para o Vasco, na segunda fase da Copa do Brasil, e o "risco calculado" com o incômodo 8º lugar no Campeonato Capixaba 2019 até o momento, a diretoria do Serra vem batendo um "bolão" fora de campo. De acordo com informações obtidas com fontes do clube, os valores que o Serra faturou com o desempenho na competição nacional ultrapassaram R$ 1,5 milhão. Por isso, o ano está garantido financeiramente, ainda com o restante do Capixaba, Série D e a Copa Espírito Santo para disputar.

O dinheiro veio das cotas de participação na primeira e na segunda fase da Copa do Brasil, além da venda de direitos comerciais da partida contra o Vasco e de patrocínios pontuais na camisa. Confira abaixo os detalhes de cada fonte de renda.

Cotas da Copa do Brasil

A "aventura" Copa do Brasil começou para o Serra em abril de 2018, quando o clube conquistou o seu 6º título capixaba e também a vaga no campeonato nacional. A cota de participação na 1ª fase da Copa do Brasil garantiu ao Tricolor Serrano o valor de R$ 525 mil. Só que o clube fez um adiantamento de cota, e pegou R$ 200 mil para montar o time que foi semifinalista da Copa Espírito Santo 2018.

Com isso, o clube entrou em 2019 com os R$ 325 mil restantes em caixa. A vitória sobre o Remo por 1 a 0 rendeu aos cofres do Robertão mais R$ 625 mil, referentes à cota de participação na 2ª fase. Ou seja, só a competição nacional fez o Serra faturar um montante de R$ 950 mil.

Serra e Vasco se enfrentaram no Kleber Andrade. (Marcelo Prest)

Venda de direitos da partida

Logo após a vitória sobre o Remo, o Serra soube que iria enfrentar o Vasco e que a partida iria acontecer no Kleber Andrade, por conta da alta concentração de torcedores cruzmaltinos no Espírito Santo. O estádio de Cariacica teve a capacidade liberada para aproximadamente 19 mil torcedores.

De acordo com a Lei Nº 10.671, o Estatuto do Torcedor, em seu capítulo IV, art. 18 diz que: os estádios com capacidade superior a dez mil pessoas deverão manter central técnica de informações, com infraestrutura suficiente para viabilizar o monitoramento por imagem do público presente.

Portanto, o gasto que o Serra iria ter para estruturar o Kleber Andrade com vários aparatos como sistema de videomonitoramento, catracas, contratação de 80 a 100 seguranças privados, guarda-corpo para separação de torcida, contratação de empresa de ingressos em forma de tickets e demais arranjos seria de R$ 280 mil.

Mas com o pouco tempo entre o jogo contra o Remo e contra o Vasco (menos de uma semana), a diretoria decidiu vender os direitos comerciais da partida para a empresa Roni7, do ex-atacante Roni, especializada em comercializar, operar e organizar grandes partidas. O valor acordado girou em torno de R$ 350 mil, pois ainda teve "gatilhos" por metas de venda de ingressos batidas para a partida.

Patrocínios pontuais na camisa

Aproveitando a visibilidade de uma transmissão em TV aberta (Globo - 12 estados) e TV fechada (SporTV - para todo o Brasil), o Serra conseguiu fechar um total de seis patrocínios de camisa e um de calção: cinco anuais e dois pontuais, específicos para o jogo contra o Vasco.

Numa omoplata da camisa ficou a BR Samor (logística); nas mangas e na outra omoplata ficaram o cemitério Jardim da Paz . Esses dois patrocinadores fecharam com o Serra para toda a temporada 2019.

Já Unilog (logística) e Móveis Simonetti ficaram como patrocínios pontuais na frente da camisa (a loja de móveis também pegou as costas, acima do número). Além destes, o fornecedor de material esportivo Vettor e a construtora MRV pegaram as costas da camisa, abaixo do número. E a empresa do ônibus Marlin Azul apareceu na parte de trás do calção.

Serra e Vasco se enfrentaram no Kleber Andrade. (Marcelo Prest)

Não foram passados à reportagem os valores de cada um, mas os sete patrocinadores somados renderam ao Serra pouco mais de R$ 100 mil apenas neste jogo.

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A soma destas entradas no balanço financeiro rendeu um total de R$ 1 milhão e 400 mil. A folha salarial do Serra gira em torno de R$ 85 mil. Por conta disso, de acordo com membros da diretoria serrana, o clube está com o ano de 2019 garantido financeiramente.

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