Da grande geração belga que estreou na Copa nesta segunda, Kevin De Bruyne talvez seja o nome mais badalado da equipe. O meia, cérebro do Manchester City de Guardiola, se destacou na temporada pelos passes precisos e poder de criação. Mas quem assistiu ao jogo contra o modesto Panamá deve ter pensado: 'ele não é tudo isso'. Tecnicamente, o camisa 7 fez uma de suas piores partidas com a camisa da Bélgica - e justamente por isso desponta como um dos grandes candidatos a craque desta Copa.

​De Bruyne não estava inspirado. No primeiro tempo, foi um dos responsáveis pela atuação insegura da equipe. Nos 90 minutos, errou sete passes curtos e nada menos que seis lançamentos longos. Ainda perdeu a bola duas vezes e os três chutes que arriscou foram para fora. Esse é o grande articulador de jogadas do futebol inglês? É sim.

Mesmo muito abaixo do esperado, tomou conta do meio de campo e distribuiu 51 passes por todos os lados. Inclusive, participou das três jogadas que resultaram em gols. No primeiro, rodou a bola até chegar na direita, onde saiu o cruzamento aproveitado por Martens; no segundo, tabelou com Hazard e deu um lindo passe de trivela para Lukaku escorar; e no terceiro, roubou a bola na defesa, ligou rápido em Witsel e o contra-ataque fulminante saiu.

Mesmo em um dia ruim, De Bruyne tomou conta do jogo. E a capacidade de coordenar o ritmo da partida e girar a bola fizeram com que o técnico Roberto Martínez o posicionasse mais recuado, na linha do meio. Ao mesmo tempo em que municia Hazard, Martens e Lukaku, o camisa 7 fecha os espaços e busca a bola no campo de defesa.

Se em um dia ruim De Bruyne fez o que fez, a expectativa é de que ele se solte ainda mais quando estiver em um dia inspirado. E o próximo adversário é a Tunísia. Será que temos um candidato a craque da Copa?

Lancenet

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