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Pool da Copa: 'Costa Rica perdeu quando correu menos que o rival'

Segundo o jornalista Cristia Brenes, do La Nación, o deslocamento da Costa Rica foi a principal arma do time na Copa de 2014, mas não funcionou na Rússia

Publicado em 19/06/2018 às 10h58

Correr mais do que o rival foi uma das grandes virtudes da Costa Rica no Brasil em 2014; nem os uruguaios com suas garras, nem os italianos, e muito menos os ingleses, os gregos ou os holandeses, poderiam derrotar a seleção nacional na distância percorrida. No entanto, na estreia na Rússia em 2018, a Sérvia também triunfou neste aspecto.

A Tricolor foi superado nessa categoria pela primeira vez em seus últimos seis jogos da Copa do Mundo e pagou com uma derrota dolorosa. Os sérvios terminaram a partida com 109 quilômetros, enquanto os costa-riquenhos fizeram 107 km, apenas dois quilômetros de diferença, diriam alguns, mas no futebol, cada milímetro faz a diferença.

Se você não tem mais posse de bola e não há esforço maior do que o adversário para cobrir o campo, as contas não batem e, embora não haja garantia de vitória por liderar neste quesito, ao menos fica mais perto de sair com os três pontos. É o que diz o técnico Marvin Solano.

- É claro que esse tipo de distância faz a diferença, pois não são dois quilômetros de trote, são de intensidade, de aceleração, de ganhar nos piques, atingir as coberturas mais rapidamente e também ser mais rápido nas transições de defesa-ataque e ataque-defesa.

Quatro anos atrás, a Seleção teve cinco quilômetros de vantagem para o Uruguai, três para a Itália, dois para a Inglaterra, um para a Grécia e sete para a Holanda, os dois últimos com prorrogação incluídas.

A nível individual, também havia diferenças entre os que foram estelares no Brasil e repetem agora. Celso Borges correu 1,2 km a menos que a média, Giancarlo González 1,7 km a menos e Bryan Ruiz 300 metros a menos. Por outro lado, Óscar Duarte percorreu mais 2,8 quilômetros e Cristian Gamboa 800 m acima da média apresentada em solo brasileiro.

Estar em boa condição física é fundamental em competições tão exigentes quanto a Copa do Mundo. Diante do confronto contra Neymar e companhia, em que a Sele está jogando a vida e exige pelo menos um empate para permanecer viva, será crucial fechar espaços e aproveitar cada contra-ataque, então a Seleção terá que cobrir mais distância.

Conseguir isso permitirá que a Sele chegue mais perto do alvo. Em caso de nova derrota, tudo será posto a prova contra um time de alto calibre.

- Se você correr, lutar e lutar a cada centímetro mais do que o adversário, terá uma grande oportunidade de equilibrar o jogo. Este indicador mostra que há um déficit e estamos perdendo alguma coisa - acrescentou Solano.

Recuperar os pontos fortes de quatro anos atrás é uma das tarefas de Óscar Ramírez e de sua equipe técnica, embora reste apenas quatro dias para trabalhar.

Fonte: Lancenet

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