Paralisado nesta segunda-feira (2), devido à morte do piloto carioca Alessandro Heringer de Jesus, de 40 anos, o Campeonato Pan-Americano de Parapente voltará a ser disputado nesta quarta-feira (4). A organização informou que seguirá o regulamento do evento e oficializou um dia de luto - cumprido nesta terça. A competição que reúne atletas de 22 países acontece na rampa do Monjolo, a 900 metros de altitude, em Baixo Guandu, e serve de classificatória para o mundial da modalidade.
O luto por Alessandro, que era natural de Campo Grande, no Rio de Janeiro, onde trabalhava como policial civil, encontrado morto por socorristas após cair em um local de difícil acesso, levou ao adiamento de todas as atividades que aconteceriam nesta terça. Nesta quarta, logo na abertura da pista, haverá um minuto de silêncio e salva de palmas em homenagem à vítima.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, Alessandro se acidentou após perder altitude durante o voo, bater em uma rocha e cair em uma área isolada. Ao chegar no local, com o apoio de um helicóptero da Polícia Militar, os bombeiros já encontraram o piloto sem vida.
O PAN DE PARAPENTE
O município de Baixo Guandu, na região Noroeste do Estado, recebe o Pan-Americano de Parapente desde a última sexta-feira e vai até o 7 de abril.
A Rampa do Monjolo, uma das melhores do Brasil e do mundo, recebe cerca de 140 pilotos. A competição, que só acontece a cada dois anos, abre a temporada e promete muita disputa boa.
Não é comum ter o Pan aqui no Brasil. Já teve há cerca de 10 anos, que inclusive foi em Castelo. Esse ano foi um dos anos com mais atletas inscritos. Houve essa proposta há dois anos para Baixo Guandu ser sede e o município foi escolhido pelas comissões técnicas e pilotos. O Espírito Santo se consolidou como centro mundial do esporte, afirmou o piloto capixaba Frank Brown.
Frank Brown, detentor de nada menos do que 12 títulos brasileiros, vai em busca da conquista inédita, que vale pontos preciosos no ranking mundial. O capixaba é um dos maiores nomes do parapente do País, mas nunca foi campeão pan-americano individual, apenas por equipe.
Há cerca de 10 anos fui campeão por times, que são cinco pilotos de cada país com a classificação somada. É uma meta boa ganhar individualmente. O campeonato é difícil e nesse esporte você não depende só de si, mas também da natureza disse Frank, que no ano passado ficou em segundo lugar no ranking nacional e mira o 13º título este ano.
Logo depois do Pan-Americano, será a vez de Castelo entrar na rota de competições de parapente: a cidade vai ser palco da etapa do Circuito Mundial, de 14 a 21 de abril. A escolha foi estratégica. Os estrangeiros vêm e já ficam aqui direto. Aproveitam para fazer turismo e todo mundo sai ganhando: Estado e atletas. Os europeus adoram vir para cá nessa época, lá está muito frio. O Mundial teve entre 300 e 400 pilotos inscritos, 12 foram selecionados.
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