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Ginasta Geovanna Santos da Silva brilha no Gymnasiade e sonha alto

Ginasta Geovanna Santos da Silva brilha no Gymnasiade e sonha alto

A adolescente deixou Pinheiros, no Norte do Estado, para viver da ginástica. Hoje ela já colhe bons frutos

Publicado em 30 de maio de 2018 às 20:27

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Brilho capixaba “para lá de marrakesh”. A ginasta Geovanna Santos da Silva, de 16 anos, mostrou que o Espírito Santo não é um celeiro da ginástica rítmica à toa. Única atleta do Estado no Gymnasiade, o mundial escolar, ela voltou de Marrocos com duas medalhas na bagagem: ouro por equipe e bronze no conjunto cinco cordas.

E mais do que as conquistas, a adolescente também tem outras memórias de cada competição Brasil afora: “Se eu não fosse atleta, talvez não conseguiria viajar para fora do Brasil, então a ginástica tem me proporcionado isso. Também já fui para a Romênia, onde fiquei entre as cinco melhores no Torneio Internacional, e Argentina, quando fui campeã pan-americana juvenil, com cinco ouros. No Marrocos tive dias livres para passear e conheci vários lugares legais”.

E a paixão de Geovanna pelo esporte começou quando ela tinha seis anos, a mais de 200km da Grande Vitória. Natural de Pinheiros, Norte do Estado, ela era uma criança extremamente elétrica. O jeito foi a mãe procurar aulas de balé. Não achou, então optou pela ginástica rítmica e foi amor à primeira vista. Depois Geovanna fez um teste para um clube de Vitória, passou e teve que se mudar.

O pai, que trabalhava com extração de granito, abandonou o emprego para acompanhar a filha junto com o restante da família. Mesmo com algumas dificuldades para manter a filha no alto rendimento, os pais e o irmão não deixam de apoiar Geovanna, que concilia os treinos de segunda a sábado com os estudos. Ela está no segundo ano do ensino médio.

“Meu pai veio sem emprego certo e hoje trabalha montando máquinas de academia. Minha mãe segue como dona de casa. Passagens, hotel, alimentação, collants… é tudo muito caro, mas a minha família me dá o maior apoio. Isso é muito bom.”

Aos 16 anos, Geovanna disputa algumas competições como juvenil e outras no adulto. Em julho por exemplo, ela tem um compromisso importante em Curitiba. O Campeonato Brasileiro Adulto, que ainda serve como seletiva para o Mundial, Pan-Americano e Sul-Americano. “Espero ficar entre as três melhores e conseguir a vaga”, disse ela, que no ano passado, em seu primeiro ano no adulto, com apenas 15 anos, ficou em sexto lugar geral no Campeonato Brasileiro, em Vitória.

Ajuda extra dentro de casa

Para chegar à perfeição na execução das séries, a ginasta Geovanna Santos da Silva tem ao seu lado a técnica Gizela Batista. E além da equipe do Ítalo e do projeto social Campeões do Futuro, a atleta conta com uma ajudinha extra dentro de casa: o irmão João Marcos.

Ele já foi atleta de badminton e acabou desistindo do esporte. Resolveu se dedicar aos estudos – cursa Educação Física – e se tornou árbitro de ginástica rítmica.

“Ele virou árbitro para me ajudar. Todo sábado a gente tem uma apresentação para as técnicas verem as apresentações. Minha mãe filma para mostrar para ele em casa. Ele fala o que acha da execução, quais movimentos posso melhorar, se preciso prestar mais atenção nos riscos, nas expressões", disse ela, que tem Natália Gaudio, Francielly Machado e Emanuelle Lima como inspirações.

Assim que voltou de férias, no início do ano, a ginasta recebeu a notícia de que participaria da seletiva para o Gymnasiade, em São Paulo. A técnica Gizela, então, montou a série da Geovanna. “Ele falou que algumas partes não estavam legais e ela até concordou. A ‘Gigi’ mudou e deu certo, passei na seletiva (risos)”.

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