A defesa de Larry Nassar, o ex-médico da seleção de ginástica dos Estados Unidos condenado por abusar sexualmente de atletas, entrou com um pedido de revisão da sentença de seu cliente. Os advogados alegam que a juíza Rosemarie Aquilina não foi imparcial em sua decisão. E que, ao atribuir uma pena de 40 a 175 anos de prisão a Nassar, buscava mandar um recado sobre abuso sexual, em vez de conduzir um julgamento justo.
No pedido, detalhado pelo jornal inglês "The Guardian", a defesa argumenta que a juíza ultrapassou barreiras legais e que teria decidido condená-lo à pena máxima antes mesmo de o julgamento começar. Os advogados lembram ainda uma declaração na qual Aquilina afirma que, caso a Constituição permitisse uma punição tão cruel, deixaria as pessoas fazerem com Nassar o mesmo que ele fez com suas vítimas.
O pedido de Nassar acontece na mesma semana em que senadores americanos questionam as reformas pelas quais passam o Comitê Olímpico dos Estados Unidos, a Federação de Ginástica dos EUA e a Universidade de Michigan após o escândalo sexual. Numa audiência na terça-feira, o democrata Richard Bluementhal questionou a tentativa desses órgãos de eximir-se de culpa nos casos que envolvem Nassar.
Já a senadora Maggie Hassan, também do partido democrata, direcionou suas críticas ao presidente interino da Universidade de Michigan, John Engler. Ela questionou o conteúdo de e-mails e comentários feitos por ele durante as negociações para o pagamento de indenizações a vítimas de Nassar que estudaram na instituição.
Condenado a até 175 anos em uma prisão estadual pelo abuso de adolescentes, Nassar cumpre, no momento, pena de 60 anos em uma prisão federal por posse de pornografia infantil.
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