> >
Joffre Fraga/Vila Velha representa o ES na Liga Nacional de Handebol

Joffre Fraga/Vila Velha representa o ES na Liga Nacional de Handebol

Com a técnica Kátia Amanajás no comando, o time estreia nesta quinta-feira, diante do Blumenau

Publicado em 19 de setembro de 2018 às 19:08

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Joffre Fraga/Vila Velha vai representar o Espírito Santo na liga nacional de handebol. (Ricardo Medeiros)

Foram longos três anos, mas enfim o Espírito Santo volta a ter um time na Liga Nacional de Handebol. E a estreia já acontece nesta quinta-feira (20). As meninas do Joffre Fraga/Vila Velha vão enfrentar o Blumenau, às 19h30, no ginásio Paulo Valiate Pimenta, que fica no Centro de Treinamento Jayme Navarro de Carvalho, em Bento Ferreira, Vitória.

Quem comanda a equipe nesta quinta é a mesma técnica do Vila Velha Handebol, em 2014: Kátia Amanajás, que é grande representante da modalidade no Espírito Santo. Kátia coordena o “Handebol na Escola”, onde atende mais de 600 crianças em Vila Velha. Através do projeto, pensou em criar um novo time que virasse um espelho para os mais novos e que recolocasse o Estado em alto nível. Com isso, passou a treinar jovens atletas, há dois anos, já de olho na equipe que hoje está na Liga Nacional.

“Organizamos uma equipe jovem, de 17, 20 anos, naquela época e viemos trabalhando essa base. Agora estamos na Liga Nacional com uma boa equipe e ainda trouxemos algumas peças importantes para retornamos de forma digna, legal. Acho que é a primeira vez que um projeto de base, com crianças de áreas de risco, em escola pública, está na Liga Nacional”, disse Kátia.

A escolha do nome do time é porque o colégio Joffre Fraga, localizada em Vale Encantado, é a central do projeto “Handebol na Escola”. Mais do que estimular os mais jovens à prática da modalidade, a ambição da equipe é fazer uma boa campanha neste retorno à elite. Uma classificação às quartas de final também faz parte dos planos.

O treinamento do time de handebol do Joffre Fraga/Vila Velha. (Ricardo Medeiros)

“Sou abusada (risos). Queremos voltar para a Liga de forma honrosa e buscar a estrutura que ainda não temos para bancar um trabalho a nível nacional do jeito que tem que ser feito. A expectativa é voltar para a Liga e em dentro de dois anos pontuar em nível de medalha. Se conseguir antes, pensa em uma mulher feliz?! Mas agora é fazer boa campanha, bons jogos, encher os olhos da criançada e quem sabe se classificar.”

As meninas treinam no ginásio Paulo Valiate Pimenta, em Vitória, e já se preparam para a primeira pedreira da competição: o Blumenau, que é sete vezes vice-campeão na Liga Nacional de Handebol.

“Vai ser um desafio monstruoso. A nossa Conferência Sul-Sudeste define o pódio e Blumenau sempre chega. Vamos apostar em muita força física. Temos dois tipos de equipes: uma com muita pressão na defesa e outra mais alta, encorpada, bem postada. Vamos tentar bloquear os arremessos de Blumenau com a equipe bem postada e usar a equipe mais leve se for preciso para pressionar e usar a velocidade”, disse Kátia, que vê Blumenau, Concórdia, Pinheiros e São Bernardo como os principais adversários na Liga.

Mescla de experiência e juventude

A equipe do Joffre Fraga/Vila Velha é mesclada. Mantém uma base jovem, mas com a força e experiência de alguns reforços pontuais. É o caso da armadora Gabriela Beraldo, de 32 anos. Com passagens por clubes como Taubaté, São José dos Campos, Osasco, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, entre outros, a mineira chega para cadenciar o time.

Gabriela Beraldo, armadora do time de handebol do Joffre Fraga/Vila Velha. (Marcella Scaramella)

“Estou retornando de uma lesão no joelho esquerdo, refiz o cruzado anterior. A minha expectativa é a melhor possível. Vim para somar e espero que a gente se classifique, até mesmo para dar uma continuidade no trabalho.”

No currículo, Gabriela ainda tem passagem justamente por Blumenau, o adversário desta noite. Rápida e com um forte chute de longe, a armadora espera que a famosa “Lei do Ex”, conhecida no futebol, também valha dentro de quadra.

“Nos sete vices deles, eu estive em três. É sempre bom a gente passar um pouco do que sabe sobre o nosso ex-clube. Espero dar trabalho para eles (risos)”.

Apesar da pouca idade, a armadora esquerda Jeneffer, de 23 anos, já vai para a sua terceira Liga Nacional. A técnica Kátia Amanajás a viu jogando handebol na escola, na Barra do Jucu, com 14 anos e percebeu que a garota levava jeito. Escolha certa.

“Vim de comunidade carente e através do esporte faço faculdade. Agora as crianças olham para a gente como um espelho. Antes eu jogava vôlei e fui para o handebol graças a Kátia. Minha primeira competição oficial foi justamente uma Liga Nacional, com 18 anos (risos). Ela confiou em mim e pude retribuir. Nossa chave é difícil, mas não impossível. Estamos ansiosas e com o trabalho pronto para colocarmos em quadra.”

Joffre Fraga/Vila Velha na Liga Nacional de Handebol

Joffre Fraga/Vila Velha x Blumenau

20 de setembro (quinta-feira), às 19h30, no ginásio Paulo Valiate Pimenta, em Vitória

Pinheiros x Joffre Fraga/Vila Velha

06 de outubro, às 16h30, em São Paulo (SP)

Joffre Fraga/Vila Velha x São Bernardo/Unip

20 de outubro, às 16h, no ginásio Paulo Valiate Pimenta, em Vitória

Joffre Fraga/Vila Velha x Maringá

25 de outubro, às 16h, no ginásio Paulo Valiate Pimenta, em Vitória

Concórdia x Joffre Fraga/Vila Velha

1 de novembro, às 19h30, em Concórdia (SC)

Cascavel x Joffre Fraga/Vila Velha

Este vídeo pode te interessar

3 de novembro, ás 16 horas, em Cascavel (PR)

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais