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Seguindo os passos da grande inspiração na ginástica rítmica

Seguindo os passos da grande inspiração na ginástica rítmica

Aos 11 anos, Emanuelle Felberk, a Manu, já desponta na modalidade e se inspira em Natália Gáudio

Publicado em 17 de novembro de 2018 às 19:44

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Selo do 21º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta. (Rede Gazeta)

Poderia ser só mais um passeio em família, mas a ida ao Ginásio Tancredão, em novembro de 2015, mudou a vida da pequena Emanuelle Felberk, a Manu, de 11 anos.

Na companhia da mãe, Gilma, ela assistiu ao Meeting Internacional e se encantou pelos movimentos da ginástica rítmica. A competição reuniu atletas de vários países, e Manu já saiu de lá já se vendo no esporte. "Quando assisti aquelas apresentações, eu me apaixonei por todas as ginastas."

De lá pra cá as conquistas não pararam. Somente este ano foi campeã estadual e brasileira, além de cinco ouros no Sul-Americano. É uma grande promessa para as Olimpíadas 2024, em Paris, quando terá 16 anos. Sem ter noção da grandiosidade de suas conquistas, Emanuelle é tímida, mas resume o que sente: "Me sinto feliz".

Os próximos desafios são o Troféu Gorba e o Brasileiro. A pequena mora na Serra e treina em Vila Velha, na Escola de Campeões, com a treinadora Luciane Ramis, e a rotina é puxada: escola de manhã e treino à tarde, até às 19h30. Descanso? Nem aos sábados.

Emanuelle Felberk, a Manu, coleciona conquistas desde que começou a competir na ginástica. ( Vitor Jubini )

"Eu brinco que hoje ela só dorme em casa, porque como a gente mora longe do treino, ela fica o dia inteiro fora”, explica a mãe e garante que isso não atrapalha o desempenho escolar. “Ela também se sobressai nos estudos, é exemplar", se orgulha.

Quando questionada sobre o que deseja fazer no futuro, Manu não tem dúvidas. “Sonho em fazer faculdade de Educação Física e ser treinadora de ginástica rítmica”, revela.

Ela pretende seguir os passos da mãe, que é formada em Educação Física e dá aula de ginástica rítmica. “Nunca imaginei que teria uma filha ginasta, esse esporte é uma paixão que a gente compartilha e une ainda mais nosso laço de mãe e filha”, pontua.

Para incentivar a filha, ela faz o que pode, como vender rifas, por exemplo. “Os valores são altos e ela não tem nenhum patrocínio, conta somente com a família e amigos”, conta.

INSPIRAÇÃO

Natália Gaudio é a referência de Manu para seguir brilhando na ginástica. (Edson Chagas)

Desde a primeira vez que assistiu a uma competição de ginástica rítmica, Emanuelle Felberk já escolheu uma referência na modalidade: Natália Gáudio. A mãe conta que ela conseguiu tirar foto com a capixaba que participou dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, e passou a acompanhar o seu trabalho na internet.

“A Manu começou a assistir os vídeos dela e aprendeu todas as poses. Ao perceber esse interesse, eu pedi para ela escrever uma mensagem no Instagram da Natália dizendo que eu queria fazer uma homenagem na traseira do meu transporte escolar”, lembra.

A ginasta, que é destaque na seleção brasileira, respondeu e disse que estava lisonjeada. Em agradecimento, ela passou o seu número de telefone, e as conversas com Manu aumentaram. No entanto, Manu ainda não havia pisado em um tablado, e só alimentava o sonho de participar desse universo.

Até que, no mesmo ano, ela decidiu entrar para o show de talentos da sua escola. Montou uma série com fita e se apresentou. A professora gravou e o conteúdo chegou as mãos de Natália. “Quando ela viu, ficou encantada e perguntou “Você faz ginástica?” E ela respondeu que não. Então ela fez um convite para irmos na abertura dos jogos olímpicos conversar com a treinadora Mônica Queiroz”, relata Gilma.

Logo que conheceu a pequena, Mônica disse: "coloca ela para participar na próxima competição", que seria a Copa Vitória 2016. Assim começou a carreira de Manu. Com apenas um mês de treino, ela competiu e ganhou a sua primeira medalha de ouro, na categoria pré-infantil. Coincidência ou não, ela tinha a mesma idade de quando Natália estreou, apenas 8 anos.

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