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Contato com a natureza, adrenalina e corrida: conheça o skyrunning

Contato com a natureza, adrenalina e corrida: conheça o skyrunning

Capixaba Matheus Rosa do Nascimento vai disputar competição no Sul que vale vaga na seleção brasileira sub-23

Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 22:05

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Matheus Rosa do Nascimento, atleta de skyrunning. (Erik Araújo/Divulgação)

O asfalto dá lugar às trilhas e matas. Manter um ritmo de corrida? Nada disso. No skyrunning, o que não falta são subidas íngremes, cachoeiras, raízes e muitas outras dificuldades pelo caminho. Tudo isso em meio à natureza, ar puro e belas paisagens.

As corridas nas montanhas têm caído no gosto de quem faz corrida de rua e quer um pouco mais de desafio e emoção. Foi o caso de Matheus Rosa do Nascimento, de 22 anos. O capixaba se prepara para o Araçatuba Half Marathon Skyrace, em Curitiba, no dia 16. A competição vale vaga para a seleção brasileira sub-23, que vai disputar o Mundial da modalidade, no fim do ano, na Europa.

Matheus praticou corrida de rua por quatro meses, mas foi influenciado pelo tio para, literalmente, subir de nível. Em Curitiba, a prova terá 12km com 1.600m de elevação. Se em uma corrida de rua comum, Matheus faz esse trajeto em cerca de 40 minutos, na montanha o mesmo percurso chega a ter o dobro de duração. Correr é um mero detalhe diante de tantos obstáculos pela frente. E quanto mais alto o local de prova, mais difícil fica a respiração.

Matheus Rosa do Nascimento, atleta de skyrunning. (Erik Araújo/Divulgação)
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Temos que passar por cachoeiras, riachos e até áreas privadas. Em alguns casos, pulamos a cerca, porque o dono não quer que os bichos fujam. Desviamos de galhos, raízes… É sofrido, mas muito legal

Matheus Rosa do Nascimento - Atleta
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Quem mora em cidade grande precisa achar trilhas que se assemelhem aos locais de prova. Matheus costuma treinar no Morro do Moreno (Vila Velha), no Mestre Álvaro (Serra) e Buenos Aires (Guarapari), e ainda concilia com as corridas no calçadão.

“Durante a semana treino na rua e nos finais de semana vou para as trilhas para ganhar força e resistência. O Mestre Álvaro, por exemplo, é uma montanha que não pode vacilar. Corrida é o que menos tem lá, tem muita escalada, então é perigoso dependendo do percurso. É muito bom poder estar em contato direto com a natureza”, finalizou.

Roupas especiais

Além de completar um longo percurso com o menor tempo possível, os atletas ainda precisam lidar com todo tipo de imprevisto pelo caminho. Por isso, eles levam mochilas com hidratação e kit de primeiros socorros.

“As provas têm alguns pontos de hidratação, mas às vezes bebemos água no rio. Temos atadura, band-aid, antisséptico, remédio para dor, manta térmica e lanterna, em caso do atleta se perder”, explicou Matheus Rosa do Nascimento.

Matheus Rosa do Nascimento, atleta de skyrunning. (Bruno Lopes/Divulgação)

A roupa também é diferente da corrida de rua comum. Alguns atletas usam luvas e calças de proteção, além de tênis especiais com travas que evitam escorregões. Óculos também são fundamentais para que galhos ou mosquitos não entrem nos olhos.

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“Muitos atletas também usam bastões que servem para aliviar as pernas e lombar. A luva e a calça ajudam para que não haja cortes e há quem use bermuda de compressão também.”

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