Com 116 anos de histórias e conquistas, o Clube de Regatas Saldanha da Gama resiste em meio às dificuldades. Com sede no bairro Forte de São João, em Vitória, ao lado do antigo prédio vendido para a prefeitura da Capital em 2006, que ainda não tem um futuro definido, o clube mantém diversas modalidades esportivas como remo, vôlei e basquete. E mesmo com a falta de patrocínio segue na disputa por títulos nos campeonatos do segundo semestre de 2019.
O diretor esportivo do clube Ronaldo Mariano descreve que o esporte amador de modo geral teve um declínio nos últimos anos e, que mesmo com as dificuldades, o clube trabalha para se reerguer e se reinventar, tendo em vista todo o histórico de formação de novos atletas capixabas que o clube proporcionou. Para ele, o fortalecimento do Saldanha servirá de estímulo para outros clubes do Espírito Santo.
Entre os feitos do clube está a participação em duas edições do Novo Basquete Brasil (NBB). Também foi o Saldanha da Gama que revelou o jogador de basquete Anderson Varejão, que chegou ao clube aos 11 anos, e em sua carreira se sagrou campeão da NBA, e hoje atua no Flamengo. O Saldanha já teve atleta olímpico de tiro, equipe de basquete disputando o NBB, equipes de futebol de salão que fizeram história no cenário nacional e isso estava adormecido. Estamos buscando chegar perto do que o Saldanha já foi um dia, descreve Ronaldo.
O diretor cita ainda que o grande problema enfrentado, hoje, pelo clube é a evasão de sócios e a falta de patrocínio. Alguns amantes do esporte ajudam de alguma forma o clube a sobreviver. Também contamos com iniciativas dos próprios atletas, e a diretoria luta para conseguir patrocínio, concluiu Ronaldo.
O jogador de basquete Vitor Chrisc, de 24 anos, joga no Saldanha desde 2016, após o fim do time profissional de Vila Velha em que fazia parte. Ele ressalta que o clube tem potencial com as reestruturações focadas na categoria de base, mas que para isso é importante conseguir patrocínio para alavancar o esporte no Estado.
Precisa de muito dinheiro para se ter um time profissional no futuro. Precisamos de patrocinador. O projeto do Saldanha vem melhorando. A falta de patrocínio desestimula. Uma criança que sonha jogar em um time profissional hoje tem que sair do estado, disse Vitor.
REMO
No Remo, o clube já foi celeiro de atletas a nível nacional e internacional, com nomes na seleção brasileira que já participaram de Pan-Americano e Sul-Americano. Mas hoje, longe das grandes competições, busca apenas atender às comunidades com aulas de remo, em sua sede no bairro Forte São João, na Capital.
É um clube cercado por comunidades carentes e que desenvolve um trabalho com esses territórios. Tendo investimento você pode trabalhar melhor com estímulos positivos para essas crianças. Hoje muitos atletas desistiram por causa da dificuldade financeira do clube, afirmou o técnico de remo Líbio Faria Scárdua.
DISPUTAS
Hoje, além do tradicional remo, o clube trabalha ativamente com basquete e vôlei, no masculino e no feminino. No basquete, o Saldanha vai participar da Liga de Vila Velha, em julho, e da Copa Espírito Santo, que acontece em agosto. A equipe de vôlei disputa o Campeonato Brasileiro, que será realizado em Saquarema, no Rio de Janeiro.
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