> >
Fornecedores de refeições a presídios comem as quentinhas da cadeia

Fornecedores de refeições a presídios comem as quentinhas da cadeia

Detidos comandavam esquema de superfaturamento das refeições em presídios do Rio

Publicado em 14 de março de 2018 às 11:41

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Quentinha fornecida aos presos, em foto do relatório da Defensoria Pública. (Reprodução)

Presos por suspeita de irregularidades no fornecimento de refeições às unidades penitenciárias do estado do Rio passaram a comer as quentinhas oferecidas pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP). Segundo a SEAP, na primeira noite, o delegado Marcelo Luiz Santos Martins, que foi levado para a Cadeia Pública Constantino Cokotós, em Niterói, e os outros presos tiveram para o jantar a mesma refeição dos demais detentos do estado do Rio: arroz ou macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha (carne, peixe, frango), legumes, salada, sobremesa e refresco.

Dos detidos na operação Pão Nosso terça-feira, apenas o Coronel César Rubens Monteiro de Carvalho não está em um presídio sob alçada da SEAP, já que o militar foi levado a Unidade Prisional da Polícia Militar.

Segundo o Ministério Público, os alvos da operação comandaram um esquema de superfaturamento das refeições servidas nos presídios do estado, durante a administração do governador Sérgio Cabral. Eles são acusados de crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, peculato e fraude em licitação. A estimativa é que o esquema de corrupção desviou cerca de R$ 44,7 milhões dos cofres públicos.

A investigação aponta que os envolvidos na fraude pagavam propina para conseguir que a SEAP contratasse empresas de quentinhas sem licitações, por meio de contratações emergenciais. Segundo os procuradores, também houve direcionamento de editais para que as empresas envolvidas no esquema vencessem as licitações.

Este vídeo pode te interessar

Os presos só poderão receber visitas após se cadastrarem na Coordenação de Análise e Credenciamento de Visitantes.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais