> >
Polícia busca pistas de assassinato de Marielle na Câmara do Rio

Polícia busca pistas de assassinato de Marielle na Câmara do Rio

Disque Denúncia já recebeu 19 denúncias, até a manhã deste sábado (17)

Publicado em 17 de março de 2018 às 20:27

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Vereadora Marielle Franco (PSOL) no plenário da Câmara. (Divulgação)

O Disque Denúncia já recebeu 19 denúncias, até a manhã deste sábado, sobre as mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Pedro Gomes. Algumas apontam possíveis envolvidos no crime e outras detalham informações sobre os carros usados pelos bandidos. Todas as informações recebidas foram encaminhadas para a Divisão de Homicídios da Capital (DH).

Nesta sexta-feira (16), policiais da DH estiveram na Câmara Municipal do Rio, onde a parlamentar trabalhava. Entre outras diligências, eles também procuraram imagens de câmeras de segurança da casa legislativa que possam auxiliar na investigação.

Uma das linhas seguidas pela Polícia Civil para apurar o assassinato investiga se a parlamentar foi morta por integrantes de uma milícia da Zona Oeste do Rio. Na sexta-feira (16), os peritos examinaram os cartuchos calibre 9mm recolhidos pelos agentes da Polícia Civil no local do crime.

Já se sabe que as balas que mataram Marielle são de um lote que foi vendido pela fábrica CBC para a Polícia Federal e usado em guerras entre facções rivais de traficantes em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Esse mesmo lote também já havia sido usado na maior chacina do Estado de São Paulo, em 2015, na qual 23 pessoas foram assassinadas.

Na noite da morte de Marielle e Anderson, os criminosos deixaram para trás R$ 346 e três celulares que estavam com as vítimas dentro do Chevrolet Agile branco da vereadora. Para os investigadores, o fato de nenhum pertence ter sido levado comprova a linha de investigação de que Marielle foi executada.

Assessora de Marielle desabafa nas redes sociais

A assessora da vereadora Marielle Franco (PSOL) fez um desabafo nas redes sociais após sobreviver ao ataque que matou a amiga e o motorista Anderson Pedro Gomes na última quarta-feira (14). Ela estava junto com a parlamentar no momento em que o veículo foi alvejado por 13 tiros na Rua João Paulo I, no Estácio, na saída de um evento. No texto, a assessora diz que está com a "alma oca" após o ocorrido. Segundo ela, na tentativa de calarem a voz de Marielle, "a ampliaram ensurdecedoramente, em milhares de bocas."

“Estou viva. Mas a alma oca. A carne, ainda trêmula, não suporta a dor que serpenteia por dentro, num looping sem fim. Minha amiga, na tentativa de calarem a sua voz, a ampliaram ensurdecedoramente, em milhares de bocas. Para sempre. #MarielleVive”, escreveu.

Imagens obtidas pela TV Globo mostram a vereadora Marielle Franco saindo do evento no qual participou antes de ser assassinada e entrando no carro dirigido pelo motorista. Nas imagens, é possível ver que Marielle entra no banco de trás do carro. Logo após o carro onde Marielle estava sair, um outro veículo que estava estacionado atrás do veículo de Anderson também deixa o local, seguindo pela Rua dos Inválidos.

Este vídeo pode te interessar

Em depoimento prestado a agentes da Delegacia de Homicídios da capital, a única sobrevivente do crime contou detalhes sobre a hora do crime. Ela ainda comentou sobre outra funcionária da vereadora que foi abordada em um ponto de ônibus. Na ocasião, um homem questionou, em tom ameaçador, se a funcionária trabalhava com Marielle. Essa funcionária, que trabalha administrativamente, estranhou, na ocasião, o tom ameaçador e também o fato de terem ligado o nome dela ao da vereadora.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais