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Promotoria denuncia bispo de Formosa por associação criminosa

Promotoria denuncia bispo de Formosa por associação criminosa

Leia a íntegra da acusação à Justiça contra dom José Ronaldo, preso na Operação Caifás, e outros nove investigados por esquema de desvio de R$ 2 milhões do dízimo dos fiéis

Publicado em 23 de março de 2018 às 19:13

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Dom José Ronaldo foi preso por suspeita de articular um esquema na Igreja Católica que teria desviado R$ 2 milhões do dízimo e das doações dos fiéis. (Divulgação/Ministério Público)

Os promotores de Justiça Fernanda Balbinot, Paula Moraes de Matos, Julimar da Silva e Douglas Chegury denunciaram nesta quinta-feira (22), dom José Ronaldo, bispo de Formosa, por apropriação indébita, associação criminosa e falsidade ideológica. Preso temporariamente desde segunda-feira (19) na Operação Caifás, dom José Ronaldo teve a custódia convertida em preventiva pela Justiça.

Leia abaixo a acusação:

A acusação do Ministério Público de Goiás atinge ainda monsenhor Epitácio Cardozo Pereira, o contador Darcivan da Conceição Serracena, o bispo José Ronaldo Ribeiro, o secretário da Cúria Guilherme Frederico Magalhães e o juiz eclesiástico Tiago Wenceslau de Barros Barbosa Júnior.

Foram denunciados também os padres Moacir Santana, Mário Vieira de Brito e Waldson José de Melo e os empresários Antônio Rubens Ferreira e Pedro Henrique Costa Augusto e o advogado Edimundo da Silva Borges Júnior. À exceção dos empresários Antônio Rubens e Pedro Henrique, todos os demais responderão pelo crime de associação criminosa.

Nesta semana, o Papa Francisco nomeou o arcebispo de Uberaba (MG), dom Paulo Mendes Peixoto, administrador apostólico da Diocese de Formosa. A função de dom Peixoto será governar a Diocese que com a prisão de dom José Ronaldo ficou sem bispo.

Dom José Ronaldo foi preso por suspeita de articular um esquema na Igreja Católica que teria desviado R$ 2 milhões do dízimo e das doações dos fiéis.

O Ministério Público começou a investigar o esquema de desvios na Diocese de Formosa em dezembro, a partir de denúncias de fiéis que exigiam transparência na prestação de contas da Igreja.

A investigação mostra que, além do dízimo e das doações, o grupo de religiosos teria desviado dinheiro arrecadado em eventos festivos da Igreja.

COM A PALAVRA, A DIOCESE DE FORMOSA

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A reportagem fez contato com a Diocese de Formosa, mas não houve retorno. O espaço está aberto para manifestação da Diocese e da defesa de dom José Ronaldo e dos outros religiosos denunciados pelo Ministério Público.

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