O presidente da Câmara dos Deputados e pré-candidato do Democratas ao Planalto, Rodrigo Maia, disse que a falta de popularidade de seu nome na disputa eleitoral é resultado de dois fatores que fogem ao seu controle: do momento econômico do país e da profusão de candidatos no pleito de 2018.
"O brasileiro está preocupado com manter o emprego, com os preços dos produtos. E não com a eleição. Ao contrário: hoje, as pessoas querem distância das eleições", afirmou.
Na última pesquisa Datafolha, Maia aparece com 1% das intenções de voto. Em janeiro, disse esperar chegar a maio com 7%. O desempenho aquém do desejado não abalou sua convicção de concorrer ao planalto, embora tenha levantado boatos de que seu partido esteja reavaliando a candidatura. Frente aos números, e sem citar a última pesquisa, Maia desconversou:
"No Brasil algumas coisas viram mito. Um dia me perguntaram qual número eu queria atingir. Eu falei '6%, 7%', e isso virou notícia", disse, nesta quinta-feira (19) em São Paulo, onde participou de evento com clientes do banco Santander.
Maia disse esperar que seu desempenho melhore a partir de julho:
"É quando teremos essa candidatura organizada e a definição dos palanques estaduais". Tendo paciência, em julho teremos esse cenário mais organizado", disse o democrata.
Segundo ele, o esperado para esse ano é que o eleitor adie suas decisões quanto em quem votar, e que as pesquisas serão um termômetro ruim para a disputa:
"Por enquanto , os candidatos vão ter de prestar atenção a sua rejeição. Intenção de voto, só depois de uns dias de tempo de TV", argumentou.
Maia ainda disse que, na sua avaliação, o melhor candidato será aquele capaz de construir as melhores articulações políticas:
"E o Democratas (DEM) é um partido preparado para isso".
Sobre a economia, o presidente da Câmara afirmou que não sente a necessidade de "mandar uma sinalização ao mercado " e que "as pessoas que acompanham politica " já conhecem suas posições nesse campo:
"O principal é discutir o tamanho do Estado, e discutir a reforma da previdência", disse. "É preciso construir, nos próximos anos, uma estrutura mais produtiva. E reorganizar as despesas do Estado. Isso vai permitir que se pense em maiores investimentos em educação, saúde e segurança".
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