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Justiça bloqueia bens e quebra sigilo do bispo que desviou dízimos

Justiça bloqueia bens e quebra sigilo do bispo que desviou dízimos

Ministério Público de Goiás ressaltou a necessidade da medida no âmbito da Operação Caifás que atinge, além de dom José Ronaldo, padres da Diocese de Formosa

Publicado em 16 de abril de 2018 às 17:26

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José Ronaldo, Bispo da Diocese de Formosa. (Divulgação/Diocese de Formosa)

A pedido do Ministério Público do Estado de Goiás, a 2.ª Vara Criminal de Formosa decretou o bloqueio de bens e quebra de sigilo bancário do bispo José Ronaldo, da Diocese de Formosa, e de um grupo de padres, todos presos na Operação Caifás, deflagrada em março. A ação desmontou esquema de desvio R$ 2 milhões do dízimo e doações de fiéis que deveriam estar sob guarda da administração central da Diocese.

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“A plena existência de indícios de que os representados (bispo e padres de Formosa) em questão praticaram crimes de associação criminosa, apropriação indébita e falsidade ideológica”, assinalou o juiz Fernando Oliveira Samuel, que acolheu o pedido da Promotoria.

A medida cautelar atinge, além do bispo José Ronaldo, o monsenhor Epitácio Cardozo Pereira, com quem os agentes da polícia e do Ministério Público apreenderam R$ 70 mil e dólares em dinheiro vivo no fundo falso de um armário, a ainda Guilherme Frederico Magalhães, Moacyr Santana, Mário Vieira de Brito, Antônio Rubens Ferreira, Pedro Henrique Costa Augusto, Tiago Wenceslau de Barros Barbosa Júnior e Waldson José de Melo, todos membros da Igreja Católica.

Dom José Ronaldo e o padre e juiz eclesiástico Tiago Wenceslau, presos preventivamente desde 19 de março, tiveram pedidos de habeas corpus negados pelo ministro Edson Fachin, do Supremo, na última semana.

“O Ministério Público ressaltou a necessidade do bloqueio de bens, quebra de sigilo bancário e autorização para depósito e avaliação dos produtos ‘mesmo porque, caso haja condenação, um dos efeitos será a reparação de danos e a perda de bens adquiridos ilegalmente’,ressaltou o magistrado no despacho em que ordenou as cautelares contra o grupo de religiosos.

A Operação Caifás foi montada a partir de denúncias de fiéis que exigiram prestação de contas da Igreja Católica de Goiás. Em dezembro de 2017 eles protocolaram denúncia na Promotoria, alegando que a Diocese de Formosa, que abrange 33 igrejas e 20 municípios goianos, não divulgou dados da contabilidade, nem mesmo dos últimos três grandes eventos festivos.

COM A PALAVRA, A DIOCESE DE FORMOSA

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Quando a Operação Caifás foi deflagrada, a reportagem do Estado tentou contato com a Diocese. O espaço está aberto para manifestação.

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