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Encontro marca reconciliação entre Padre Fábio e Ivanir dos Santos

Encontro marca reconciliação entre Padre Fábio e Ivanir dos Santos

Sacerdote e babalaô tomaram café da manhã juntos, dias após polêmica sobre macumba

Publicado em 20 de maio de 2018 às 15:22

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Padre Fábio de Melo se desculpou após vídeo polêmico . (Reprodução | Facebook)

Depois da tempestade, a calmaria. Assim como no ditado, a ensolarada manhã deste domingo, depois das fortes chuvas de ontem, marcou a reconciliação entre o Padre Fábio de Melo e um dos mais importantes líderes religiosos afro-brasileiros, o babalaô Ivanir dos Santos.

Os dois, junto com o pastor da Igreja Batista Soul, Kleber Lucas, e o advogado Ricardo Brajterman tomaram café da manhã juntos, selando uma parceria em favor da liberdade religiosa. O encontro aconteceu na manhã deste domingo numa casa na Barra, de um amigo de Ivanir.

Logo depois, o sacerdote e o babalaô seguiram para o Centro Espírita Caboclo Pena Branca, em Nova Iguaçu, que foi invadido e vandalizado no início do mês.

CRÍTICAS AO PADRE

Dois dias depois da ação criminosa, o babalaô Ivanir dos Santos, representante de movimentos contra a intolerância religiosa, notificou o Padre Fábio de Melo para que ele retirasse do ar o vídeo em que aparece celebrando uma missa e "tratando de forma desrespeitosa religiões de matriz africana".

No mês passado, o Padre Fábio de Melo se envolveu em uma polêmica ao usar ironicamente a palavra "macumba" durante um sermão em Cachoeira Paulista. Ele foi notificado pelo advogado Ricardo Brajterman, em nome do babalaô, sobre o discurso considerado intolerante, e pediu desculpas publicamente pelo seu site e pelo Twitter.

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— Que bom que eu pude errar em um momento em que eu posso aprender. É muito desagradável a gente desmerecer quem quer que seja. Tenho pavor de me sentir melhor do que outra pessoa — desculpou-se o padre, que se disse "muito feliz" com o encontro e por fazer parte da luta pela tolerância. — Tenho o direito de acreditar de forma completamente diferente, mas não o de escarnecer do que para outra pessoa é sagrado. 

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