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Pará tem 12 casos notificados de raiva humana

Pará tem 12 casos notificados de raiva humana

Mil doses de vacina antirrábica e 300 frascos de soros antirrábico foram enviados ao Município de Melgaço, um dos locais foco de investigação e prevenção da raiva humana; até o momento, 500 pessoas foram vacinadas

Publicado em 16 de maio de 2018 às 18:02

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Morcego hematófago pode transmitir o vírus da raiva. (Divulgação/Governo do Estado de Santa Catarina )

A Secretaria de Saúde do Pará informou ter notificado 12 casos de raiva humana no estado, incluindo seis mortes. Até o momento, pelo menos um caso foi confirmado.

Segundo o órgão, um paciente morreu na tarde desta terça-feira (15) no Hospital Regional de Breves. Quatro crianças seguem internadas na Santa Casa de Misericórdia em Belém e uma no Hospital Regional de Breves, que também atende um adulto com suspeita da doença. A maioria dos pacientes se mantêm em estado considerado grave.

Por meio de nota, a secretaria informou que continua o trabalho de investigação e prevenção da raiva humana no município de Melgaço, no Arquipélago do Marajó. Na última segunda-feira (14), 1 mil doses de vacina antirrábica e 300 frascos de soros antirrábico foram enviados à região. As ações se concentram na localidade de Rio Laguna, a cerca de 70 quilômetros de Melgaço, onde residem aproximadamente mil pessoas. Até o momento, foram vacinadas 500 pessoas.

Ainda de acordo com o governo estadual, coletas sorológicas foram realizadas em todos os pacientes – inclusive os que morreram – e encaminhadas ao Instituto Pasteur, em São Paulo, laboratório referência no diagnóstico de raiva humana. Desde o último dia 4, equipes de vigilância epidemiológica e de vigilância em saúde estão no local para investigar as suspeitas, em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária do Pará e o Ministério da Saúde.

Todos os casos notificados pela Secretaria de Saúde como suspeitos para raiva humana apresentam quadro semelhante, com sinais e sintomas como febre, dispneia, cefaleia, dor abdominal e sinais neurológicos como paralisia flácida ascendente, convulsão, disfagia (dificuldade de deglutir), desorientação, hidrofobia e hiperacusia (sensibilidade a sons, principalmente agudos).

HISTÓRICO

Casos confirmados de raiva humana no Pará não ocorrem desde 2005, quando 15 casos foram registrados no município de Augusto Corrêa e três em Viseu (nordeste paraense), todos por transmissão de morcego hematófago (que se alimenta de sangue).

Em 2004, Portel (município do Marajó) registrou 15 casos da doença, todos também por morcegos hematófagos, assim como os seis casos confirmados em Viseu, no mesmo ano.

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Todos os casos confirmados nesses dois períodos, segundo a secretaria, evoluíram para óbito.

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