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Sítio de Atibaia esteve à venda em 2017

Sítio de Atibaia esteve à venda em 2017

Amigo da família Bittar diz a Moro que chegou a ver a propriedade para comprar no ano passado

Publicado em 11 de maio de 2018 às 15:44

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A defesa de Fernando Bittar, um dos donos do sítio de Atibaia, levou ao juiz Sergio Moro o testemunho de um publicitário que afirma ter tido interesse em comprar a propriedade. Roberto Barbeiro foi ouvido nesta sexta-feira, como testemunha de defesa de Bittar. Contou que é amigo de Kalil Bittar, irmão de Fernando, e que soube por meio dele da intenção da família de se desfazer do sítio no início de 2017.

Barbeiro disse que tem um imóvel em Bertioga, que não frequenta, e pensou em trocar pelo sítio, mas o negócio não prosperou. Ele afirmou ter ido até o sítio, com a esposa, e que foi recebido pelo caseiro e por Fernando Bittar.

— O sítio é para quem gosta de viver em sítio, é muito maior do que para um lazer de fim de semana. E minha esposa já começou a falar em reforma — contou.

Apenas a advogada de Fernando Bittar fez perguntas. Barbeiro negou que tivesse negociado com alguém da família Lula. O juiz Sergio Moro não fez perguntas.

O ex-presidente Lula é acusado de ter sido beneficiado por reformas no sítio, feitas pelas empreiteiras Odebrecht, OAS e pelo pecuarista José Carlos Bumlai, avaliadas em R$ 1,05 milhão. O empresário Emílio Odebrecht disse em depoimento de delação premiada que a empreiteira fez obras a pedido de dona Marisa Letícia, já falecida. Ela teria pedido sigilo, pois seria surpresa para Lula. Mas o empresário disse que falou com Lula sobre a entrega da obra do sítio um dia antes do término do mandato, em 2010, e que ele não manifestou surpresa, nem teceu comentário.

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Alexandre Padilha, ex-ministro das Relações Institucionais no governo Lula e ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff também tinha depoimento previsto para esta sexta-feira, na condição de testemunha de defesa de Lula e de Fernando Bittar. Porém, o oficial de Justiça não conseguiu intimá-lo no endereço fornecido pelas defesas. Moro deu prazo de três dias para que seja indicado o local onde Padilha possa ser intimado.

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